Absorção, teatralidade e a tradição da pintura francesa na obra de Henri Matisse
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2019.158795Palavras-chave:
Matisse, absorção, figuras de alteridadeResumo
O artigo examina as noções de “absorção” e “teatralidade” propostas por Michael Fried e retomadas por Yve-Alain Bois nos textos em que escreveu sobre a obra de Henri Matisse. Uma das questões centrais abordadas é o modo como a obra de Matisse resiste ao regime volátil de percepção precipitado pela modernidade industrial e como insta a um tipo de atenção a um só tempo contemplativa e difusa. Discute, além disso, como essa modalidade de percepção, que dispersa e difunde a atenção, e que é própria à pintura de Matisse, parece sintetizar duas vertentes opostas da tradição pictórica francesa: a dinâmica do olhar cambiante do Rococó e o estado de absorção que marca as pinturas de Greuze e Chardin.
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