Entre uma nova epidemia e uma velha endemia
notas sobre as ações dos movimentos de pessoas atingidas pela hanseníase ao longo da pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29isuplp163-172Palavras-chave:
Coronavírus, Hanseníase, Movimentos sociaisResumo
Por um lado, o Brasil é apontado pela Organização Mundial da Saúde como único país do mundo a não ter eliminado a hanseníase como problema de saúde pública. Por outro lado, o país conta com um dos mais antigos e fortes movimentos sociais composto por sujeitos atingidos pela hanseníase do mundo. Nesse breve artigo, abordo algumas das ações e atividades desenvolvidas pelo movimento brasileiro de pessoas atingidas pela hanseníase ao longo dos três primeiros meses da pandemia do coronavírus. Ao fazê-lo, destacando a constituição de uma experiencia coletiva diante da pandemia e o fortalecimento de redes de colaboração com movimentos de sujeitos afetados de outros países.
Downloads
Referências
BIEHL, João; PETRYNA, Adriana. (2014). “Peopling Global Health”. Saúde e Sociedade, vol.23, n.2, São Paulo, pp.376-389.
CRUZ, Alice. (2016). “Uma cura controversa: a promessa biomédica para a hanseníase em Portugal e no Brasil”. In: Physis Revista de Saúde Coletiva, v. 26, n. 1, Rio de Janeiro, p. 25-44.
FLEISCHER, Soraya. (2007). “Antropólogos ‘anfíbios’? Alguns comentários sobre a relação entre Antropologia e intervenção no Brasil”. In: Revista AntHropológicas, , v. 18, n. 1, Recife, p. 37-70, 2007.
FONSECA, Claudia, MARICATO, Glaucia. (2013). “Criando comunidade: Emoção, reconhecimento e depoimentos de sofrimento”. In: Interseções, v. 15, n. 2, Rio de Janeiro, p. 252-274, 2013.
MARICATO, Glaucia. (2019). História sem fim: Sobre dobras e políticas ontológicas de um ‘mundo sem hanseníase’. Tese de Doutorado em Antropologia Social. Porto Alegre: PPGAS/ UFRGS, 2019.
MOL, Annemarie. (2002). The body multiple: Ontology in medical practice. Durham and London: Duke University Press.
MOL, Annemarie. (2008). Política ontológica: algumas ideias e várias perguntas. In: NUNES, João Arriscado; ROQUE, Ricardo. (Orgs). Objetos impuros: Experiências em estudos sociais da ciência. Porto: Edições Afrontamento, p.63-77.
NABARRO, Laura; AGGARWAL, Dinesh; ARMSTRONG, Margaret; LOCKWOOD, Diana. (2016). “The use of steroids and thalidomide in the management of Erythema Nodosum Leprosum; 17 years at the Hospital for Tropical Diseases, London”. In: Leprosy Review, v. 87, p. 221-231.
PESCARINI, Julia; WILLIAMSON, Elizabeth; NERY, Joilda; RAMOND, Anna Ramond; ICHIHARA, Maria Yury; FIACCONE, Rosemeire; PENNA, Maria Lucia; SMEETH, Liam; RODRIGUES, Laura; PENNA, Gerson; BRICKLEY, Elizabeth; BARRETO, Mauricio. (2020). “Effect of a conditional cash transfer programme on leprosy treatment adherence and cure in patients from the nationwide 100 Million Brazilian Cohort: a quasi-experimental study”. The Lancet: Infectious Diseases, v.20, n.5, pp.618-627.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Cadernos de Campo (São Paulo 1991)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autorizo a Cadernos de Campo - Revista dos Alunos de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (PPGAS-USP) a publicar o trabalho (Artigo, Ensaio, Resenha,Tradução, Entrevista, Arte ou Informe) de minha autoria/responsabilidade assim como me responsabilizo pelo uso das imagens, caso seja aceito para a publicação.
Eu concordo a presente declaração como expressão absoluta da verdade, também me responsabilizo integralmente, em meu nome e de eventuais co-autores, pelo material apresentado.
Atesto o ineditismo do trabalho enviado.