Excurso sobre tempos cerrados

Autores

  • Jacqueline Kaczorowski Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2021.199005

Palavras-chave:

Literatura angolana, Luandino Vieira, Papéis da Prisão

Resumo

Se grande parte da obra de José Luandino Vieira foi escrita em situação de confinamento, pouco se assemelha ao tipo de isolamento requerido pela pandemia que nos assola. A prisão, condição muito mais radical, confiscou 12 anos da vida do escritor que passou, a partir de então, a recorrer à própria memória para “substituir a vida” enquanto a tinha “hipotecada por vários anos” (VIEIRA, 2015, p. 09). Em Papéis da Prisão, reunião de parte do material produzido neste contexto, é possível encontrar, no entanto, passagens que podem encontrar eco no presente ao refletir acerca das modificações que a relação com o tempo sofre quando a relação com o espaço é forçosamente modificada.

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Biografia do Autor

  • Jacqueline Kaczorowski, Universidade de São Paulo

    Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas em Língua Portuguesa, vinculada ao DLCV - USP

Referências

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RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio de Janeiro: Editora Record, 2014.

VIEIRA, José Luandino. Papéis da Prisão. Alfragide: Editorial Caminho, 2015.

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Publicado

2021-07-16

Edição

Seção

Dossiê n. 27: Os desafios em face da pandemia