O virtual, a atualização e o tempo presente em Émile Benveniste: uma leitura sobre o signo “vazio”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2022.189298

Palavras-chave:

Pronome pessoal, Signo virtual, Signo vazio, Émile Benveniste

Resumo

Este trabalho objetiva retomar a relação entre a temporalidade da instância discursiva e a caracterização de não virtualidade do pronome pessoal, ou “signo vazio”, em Émile Benveniste. A hipótese principal é que o pronome pessoal, que apenas pode ser considerado enquanto atualização, não pressupõe a representação do tempo presente, proposto por Benveniste como forma originária e exclusiva da enunciação. A virtualidade do signo, prevista por Benveniste, torna-se um modo de explicar a permanência ou “eternidade” do tempo presente, diante da condição singular de cada enunciação, que se repete frente a toda nova apropriação da língua pelo locutor.

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Biografia do Autor

  • Marcelo Corrêa Giacomini, Universidade Federal de Juiz de Fora

    Professor adjunto do Departamento de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), campus
    GV, Juiz de Fora, MG, Brasil.

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Publicado

2022-04-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O virtual, a atualização e o tempo presente em Émile Benveniste: uma leitura sobre o signo “vazio”. (2022). Estudos Semióticos, 18(1), 81-97. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2022.189298