Vol 19 n 3 - Dossiê temático A semiótica e suas fontes - call for papers

Chamada de trabalhos / Call for papers – vol. 19, n. 3 (dezembro 2023)

Dossiê temático "A semiótica e suas fontes: um olhar metassemiótico"

[Français ci-dessous / English below / Italiano più sotto / Español más abajo]

Editores convidados: Lorenzo Cigana (Universidade de Copenhague), Patricia Veronica Moreira (UNESP, Araraquara) e Estanislao Sofia (Universidade Federal de Santa Maria; CONICET, Buenos Aires)

 

Desde sua codificação disciplinar no início do século XX, a semiótica se estabeleceu como um conhecimento transversal em relação às teorias e práticas ligadas, direta ou indiretamente, à linguagem: seja como seu domínio científico compartilhado, sendo capaz de unificá-las em torno de uma perspectiva centrada na noção de signo, ainda que plurívoca, seja como método crítico perante a ideologia implícita do conhecimento sedimentado, visando preferencialmente os processos de construção de sentido com base nos fenômenos culturais. 

Esses traços correspondem aos gestos fundadores da própria disciplina, isto é, às teorias de Peirce, Saussure, Husserl, Cassirer, Hjelmslev, Lévi-Strauss, Merleau-Ponty, Greimas, Lotman, Eco.

Embora a semiótica contemporânea faça parte do horizonte inaugurado por esses gestos, está longe de ter desenvolvido concretamente as visadas precursoras, tais como: a questão da identificação das “leis que regem os sistemas de signos” (Cassirer), o estabelecimento de uma “enciclopédia da estrutura de signos” (Hjelmslev), ou as restrições que articulam o sentido propriamente dito (Greimas, Rastier, Zilberberg, Fontanille, Landowski), permanecendo, na maioria das vezes, no estado de enunciações programáticas. Isso decorreria do status de uma disciplina que olha ao mesmo tempo para os instrumentos de aplicação e para o discurso sobre os fundamentos desses mesmos instrumentos – um campo que continua necessariamente sempre aberto.

Essas circunstâncias certamente inspiram reflexões sobre as bases epistemológicas das práticas semióticas na contemporaneidade. Em que medida, elas ainda se reconhecem na esteira definida pelos programas mencionados anteriormente? Existe uma convergência de objetos teóricos, métodos e práticas? Na hipótese de uma divergência, como podemos explicá-la? Devemos convocar a imagem de uma dispersão disciplinar ou metodológica, uma mudança no ideal de cientificidade introduzido pela pós-modernidade, ou ainda, pela emergência de novos objetos e métodos de análise?

Este número da revista Estudos Semióticos, portanto, tem como objetivo reavaliar a situação da semiótica contemporânea e questionar suas fontes, seja pela abordagem histórica, buscando retrospectivamente a origem da codificação disciplinar, seja sincronicamente, examinando criticamente os desafios que a semiótica enfrenta atualmente.

Os colaboradores são convidados a ponderar sobre esta duplicidade da semiótica, privilegiando a dimensão epistemológica e metateórica, voltando tanto à história da disciplina quanto à sua prática contemporânea, recuperando, dessa forma, a memória e o alcance da semiótica nas ciências humanas.

Informações práticas

Datas importantes:

  • Submissão das propostas (uma página) até 30 de novembro de 2022. Enviar para: revueesse.2023@gmail.com
  • Resposta sobre as propostas recebidas: 20 de dezembro de 2022.
  • Submissão dos artigos completos cujas propostas foram aprovadas: de 01.02.2023 a 31.05.2023. Envio em: https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Publicação programada: dezembro de 2023.

Detalhes sobre a redação e a formatação dos artigos:

  • Línguas aceitas: português, francês, inglês, italiano, espanhol.
  • Os resumos deverão ser redigidos em inglês + outra língua de acordo com aquelas aceitas.
  • Os artigos submetidos deverão conter de 25.000 a 50.000 caracteres (espaços incluídos).
  • Verificar as normas de formatação da revista.

 

[Français]

La sémiotique et ses sources. Un regard métasémiotique

Dossier dirigé par : Lorenzo Cigana (Université Copenhague), Patricia Veronica Moreira (UNESP, Araraquara) et Estanislao Sofia (Universidade Federal de Santa Maria ; CONICET, Buenos Aires)

Depuis sa codification disciplinaire au début du XXème siècle, la sémiotique a été établie à la fois comme un savoir transversal par rapport aux théories et aux pratiques liées, directement ou indirectement, au langage : soit comme leur domaine scientifique partagé, pouvant les unifier autour d’une perspective centrée sur la notion de signe, quoique plurivoque, soit comme une méthode critique vis-à-vis de l’idéologie implicite des connaissances sédimentées, visant plutôt les procédés de construction du sens à la base des phénomènes culturels.

Ces traits correspondent aux gestes qui ont fondé la discipline elle-même, que l’on songe par exemple à Peirce, Saussure, Husserl, Cassirer, Hjelmslev, Lévi-Strauss, Merleau-Ponty, Greimas, Lotman, Eco.

La sémiotique actuelle, tout en s’inscrivant dans l’horizon ouvert par ces gestes, reste loin d’avoir concrètement développé ces visées fondatrices : la question de l’identification des « lois qui régissent les systèmes de signes » (Cassirer), de l’établissement d’une « encyclopédie de la structure des signes » (Hjelmslev), ou des contraintes qui articulent le sens en tant que tel (Greimas, Rastier, Zilberberg, Fontanille, Landowski) demeurent souvent à l’état d’énonciations programmatiques. Cela pourrait être lié au statut d’une discipline qui contemple en même temps les outils applicatifs et le discours sur les fondements de ces mêmes outils – un domaine qui reste forcément toujours ouvert.

Ces circonstances inspirent la convenance d’une réflexion sur les bases épistémologiques des pratiques sémiotiques contemporaines. Dans quelle mesure se reconnaissent-elles encore dans le sillage défini par les programmes susmentionnés ? Y a-t-il une convergence d’objets théoriques, de méthodes, de pratiques ? Dans le cas hypothétique d’une divergence, comment l’expliquer ? Faudra-il invoquer l’image d’une dispersion disciplinaire ou méthodologique, un changement dans l’idéal de scientificité introduit par la post-modernité, ou plutôt l’émergence de nouveaux objets et de nouvelles méthodes d’analyse ?

Ce numéro d’Estudos Semióticos s’est donné pour objet de revenir sur la situation de la sémiotique contemporaine et d’en interroger les sources, que ce soit dans une approche historique, en revenant rétrospectivement à l’origine de la codification disciplinaire, ou synchroniquement, en examinant critiquement les enjeux dont la sémiotique se nourrit à l’heure actuelle.

Les contributeurs sont invités à s’interroger sur cette duplicité de la sémiotique, en favorisant sa dimension épistémologique et métathéorique, en revenant tant sur l’histoire de la discipline que sur sa pratique contemporaine, en en récupérant la mémoire et la portée au sein des sciences humaines.

Renseignements pratiques

Échéancier :

  • Soumission des propositions (une page) jusqu'au 30 novembre 2022. Envoyer à : revueesse.2023@gmail.com
  • Confirmation des propositions retenues : le 20 décembre 2022.
  • Remise à la revue des articles dont les propositions auront été retenues : du 01 février 2023 au 31 mai 2023. La remise doit se faire sur : https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Publication en ligne prévue : décembre 2023.

Normes éditoriales :

  • Langues de travail : portugais, français, anglais, italien, espagnol.
  • L'Abstract doit être composé en anglais + une langue choisie parmi celles acceptées.
  • Les articles soumis à la revue doivent compter de 25.000 à 50.000 caractères, espaces compris.
  • Prière de vérifier les directives aux auteurs de la revue.

 

 

[English]

Semiotics and its sources. A metasemiotic investigation

Thematic issue edited by Lorenzo Cigana (University of Copenhaguen), Patricia Veronica Moreira (UNESP, Araraquara), and Estanislao Sofia (Universidade Federal de Santa Maria; CONICET, Buenos Aires)

Since its very institutionalisation at the beginning of the 20th century, Semiotics has been conceived as a transversal discipline vis-à-vis other theories and practices centred on language, variously conceived as a shared domain of investigation, federating other approaches around a still equivocal notion of “sign”, or as a critical method targeting the ideology implied in the status quo of knowledge while aiming to lay bare the processes of constitution of meaning in cultural phenomena.

These features correspond to the foundational theories of Peirce, Saussure, Husserl, Cassirer, Hjelmslev, Lévi-Strauss, Merleau-Ponty, Greimas, Lotman, Eco.

While situating itself within the perimeter of such theories, contemporary Semiotics can hardly be said to have developed such insights consistently: the issue of the identification of the “laws that govern the systems of signs” (Cassirer), of the establishment of an “encyclopaedia of semiotic structures” (Hjelmslev) or of the constraints that mould meaning as such (Greimas, Rastier, Zilberberg, Fontanille, Landowski) often remain at the stage of programmatic claims. This might very well be due to the status of Semiotics itself, aiming simultaneously towards applicative investigations as well as towards the underpinnings of those very tools – a constitutively open domain.

Actual circumstances suggest a reflection on the epistemological sources of contemporary semiotic practices. To what extent does Semiotics still recognize itself in the wake of the aforementioned framework? In what measure does it still assume this framework as its starting point? Is there a convergence of objects, methods, and practices, or, in case of divergence, should the reason be identified in a disciplinary dispersion, in a change in the postmodern ideal of scientificity, or rather in the emergence of new objects and methods of analysis?

This issue of Estudos Semióticos aims to gauge the situation of contemporary Semiotics and to question its sources, whether retrospectively, by returning to the origins of its institutionalisation, or synchronically, by examining the sources tapped by contemporary Semiotics.

Contributors are invited to question this duplicity by favouring an epistemological and metatheoretical approach, investigating the history and the present contemporary semiotic practice, showing both the sources and the scientific reach of Semiotics in the humanities.

Practical info

Deadlines:

  • Deadline for submission of proposals (one page): November 30, 2022. Proposals are to be sent to: revueesse.2023@gmail.com
  • Confirmation of acceptance: December 20, 2022.
  • Deadline for the submission of the full-text paper: from Feb 01, 2023 to May 31, 2023 . Papers are to be submitted on the page: https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Online publication planned for: December 2023.

Editorial details:

  • Accepted languages: Portuguese, French, English, Italian, Spanish.
  • Abstract should be in English and in another language chosen among those supported.
  • Articles should be between 25000 and 50000 characters, all included.
  • Please refer to the journal's submission guidelines.

 

 

[Italiano]

La semiotica e le sue fonti. Uno sguardo metasemiotico

Numero tematico diretto da Lorenzo Cigana (Università di Copenhague), Patricia Veronica Moreira (UNESP, Araraquara), Estanislao Sofia (Universidade Federal de Santa Maria; CONICET, Buenos Aires)

A partire dalla sua istituzionalizzazione, agli inizi del XX secolo, la semiotica ha sviluppato e mantenuto lo statuto di sapere trasversale rispetto alle teorie e alle pratiche legate, direttamente o indirettamente, al linguaggio: tanto come dominio condiviso, suscettibile di unificarle attorno alla definizione – ancorché plurivoca – di “segno”, quanto come metodo critico in rapporto all’ideologia implicita nelle conoscenze sedimentate, mirando piuttosto a cogliere i processi di costruzione del senso alla base dei fenomeni culturali.

Questi tratti corrispondono in fondo ai gesti che hanno concorso a fondare la disciplina stessa, si pensi per esempio a Peirce, Saussure, Husserl, Cassirer, Hjelmslev, Lévi-Strauss, Merleau-Ponty, Greimas, Lotman, Eco.

La semiotica attuale, pur inscrivendosi nel quadro aperto dal pensiero di tali autori, è in qualche modo lungi dall’aver sviluppato concretamente questi grandi progetti fondativi: l’identificazione delle “leggi che reggono i sistemi di segni” (Cassirer), la costruzione di una “enciclopedia delle strutture semiotiche” (Hjelmslev) o la ricerca delle condizioni di articolazione del senso in quanto tale (Greimas, Rastier, Zilberberg, Fontanille, Landowski) restano spesso a livello di enunciati programmatici. Questo può essere legato allo statuto della disciplina, che guarda allo stesso tempo agli strumenti applicativi e al discorso sui fondamenti di questi stessi strumenti – un dominio che resta sempre necesariamente aperto.

Queste circostanze suggeriscono una riflessione sulle basi epistemologiche delle pratiche semiotiche contemporanee. In quale misura queste si riconoscono ancora all’interno del quadro definito dai programmi summenzionati? Si può dire che vi sia una convergenza di oggetti teorici, metodi e pratiche? E nel caso di una divergenza, come spiegarla? Invocando una dispersione disciplinare e metodologica, un cambiamento nell’ideale postmoderno di scientificità o piuttosto un’emergenza di nuovi oggetti e metodi di analisi?

Questo numero speciale di Estudos Semióticos si pone l’obiettivo di ritornare sullo statuto della semiotica contemporanea e di interrogare le sue fonti intese tanto dal punto di vista storico, tornando alle origine della semiotica e alla sua codificazione in quanto disciplina, quanto dal punto di vista sincronico, facendo riferimento alle questioni centrali a cui essa attualmente si richiama.

I contributori sono invitati a interrogarsi su questa duplicità, favorendo la dimensione epistemologica e l’approccio metateorico, concentrandosi tanto sulla storia della disciplica che sulla sua pratica contemporanea, e recuperandone così la memoria e la portata all’interno delle scienze umane.

Informazioni pratiche

Deadlines:

  • Deadline per l’invio delle proposte (massimo una pagina): 30.11.2022. Le proposte vanno inviate a: revueesse.2023@gmail.com
  • Conferma di accettazione delle proposte: 20.12.2022.
  • Invio degli articoli: dal 01.02.2023 al 31.05.2023: from Feb 01, 2023 to May 31, 2023 . Gli articoli sono da inviare utilizzando il link: https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Pubblicazione (online) prevista per: 12.2023.

Dettagli redazionali:

  • Lingue accettate: portoghese, francese, inglese, italiano, spagnolo.
  • L’abstract deve essere redatto in inglese + una lingua a scelta tra quelle supportate.
  • Lunghezza articolo: entro 25000 e 50000 caratteri, tutto incluso.
  • Verificare i dettagli dei fogli di stile presso il seguente indirizzo: Fogli di stile

 

 

[Español]

La semiótica y sus fuentes. Una mirada metasemiótica

Número temático dirigido por Lorenzo Cigana (Institut for Nordiske Studier og Sprogvidenskab, Copenhague), Patricia Veronica Moreira (UNESP, Araraquara) y Estanislao Sofia (Universidade Federal de Santa Maria, RS)

Desde el momento de su codificación como disciplina a comienzos del siglo XX, la semiótica se constituyó como un saber transversal respecto de teorías y prácticas relacionadas, directa o indirectamente, con el lenguaje: ya sea en tanto dominio científico común, capaz de federarlas en torno a una reflexión (plurívoca) sobre la noción de signo, ya sea en tanto método crítico frente a la ideología implícita en el conjunto de conocimientos sedimentados, orientándose hacia los procedimientos de construcción de sentido subyacentes a diversos fenómenos culturales.

Estos movimientos se corresponden esencialmente con los gestos fundadores de la disciplina tal como aparecen en (por ejemplo) las obras de Peirce, Saussure, Husserl, Cassirer, Hjelmslev, Lévi-Strauss, Merleau-Ponty, Greimas, Lotman, Eco.

La semiótica contemporánea, aun inscribiéndose en el horizonte abierto por el pensamiento de tales autores, dista de haber agotado el potencial de sus direccionamientos fundamentales: la cuestión de la identificación de las “leyes que gobiernan los sistemas de signos” (Cassirer), la reflexión en torno al establecimiento de una “enciclopedia de estructuras de los signos” (Hjelmslev) o sobre las fuerzas que articulan el sentido como tal (Greimas, Rastier, Zilberberg, Fontanille, Landowski) se presentan a menudo como meros enunciados programáticos. Una peculiaridad que podría estar en relación con el estatuto de una disciplina que mira al mismo tiempo las herramientas analítico-conceptuales y el discurso sobre los fundamentos de esas mismas herramientas (cuestión –esta última– que permanece necesaria y permanentemente abierta).

Tales circunstancias sugieren la conveniencia de una reflexión acerca de las bases epistemológicas de las prácticas semiológicas contemporáneas. ¿En qué medida esas prácticas se reconocen todavía como partícipes o usufructuarias de los programas arriba mencionados? ¿Existe una convergencia de objetos teóricos, métodos, prácticas? En el hipotético caso de una divergencia, ¿cómo explicarla? ¿Habrá que recurrir a la (trillada) imagen de la dispersión disciplinar o metodológica? ¿O a la idea de un cambio en el ideal de cientificidad introducido por la posmodernidad? ¿O a la emergencia de nuevos objetos de estudio y nuevos métodos de análisis?

Este número de Estudos Semióticos se propone analizar la situación de la semiótica contemporánea e interrogar sus fuentes tanto en sentido histórico, a través de una reevaluación de los procesos que llevaron a su sistematización como disciplina, como sincrónico, indagando críticamente en los desafíos de los que la semiótica se nutre en la actualidad.

Los autores están invitados a examinar esa duplicidad de la semiótica dando privilegio a la dimensión epistemológica y meta-teórica, tanto en la historia de la disciplina como en sus prácticas contemporáneas, recuperando así algo de la la memoria y del alcance del programa general de las ciencias humanas.

Información práctica

Deadlines:

  • Fecha límite para el envío de propuestas (una página): 30.11.2022. Las propuestas de artículos deben ser enviadas por email a: revueesse.2023@gmail.com
  • Confirmación de admisión de propuestas: 20.12.2022.
  • Período de entrega de artículos terminados: entre el 01/02/2023 y el 31/05/2023. Los artículos deberán ser enviados a través del formulario de la revista: https://www.revistas.usp.br/esse/about/submissions
  • Fecha de publicación (en línea) del número: diciembre de 2023.

Normas editoriales:

  • Lenguas de trabajo: portugués, inglés, francés, italiano, español.
  • Los abstracts deberán presentarse en inglés y en alguna de las lenguas de trabajo.
  • Extensión de los artículos: entre 25.000 y 50.000 caracteres (espacios incluidos).
  • Los autores deberán seguir las instrucciones de la revista. Por favor, consultar: Instrucciones para artículos