Entrevista com José d’Encarnação: toponímia portuguesa e Epigrafia Romana, ou uma aventura ao passado mediada pelos nomes de lugares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v36i1p203-210

Palavras-chave:

Toponímia portuguesa, Leite de Vasconcelos, Influências culturais, Epigrafia

Resumo

A toponímia portuguesa é, simultaneamente, similar e muito diferente da toponímia brasileira. Apesar de ser o substrato de boa parte dos nomes de lugares no Brasil, a toponímia portuguesa é peculiar pela própria história da constituição de Portugal como nação, uma estrada que já era percorrida há pelo menos mil anos na época das grandes navegações. José d'Encarnação nos oferece, por meio de seu olhar de pesquisador que tropeça em topônimos diariamente, um pouco desse percurso histórico e linguístico. É uma entrevista saborosa, como um prato já conhecido que sabe diferente porque lhe são acrescidos outros ingredientes.

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Biografia do Autor

  • José d’Encarnação, Universidade de Coimbra

    José d’Encarnação é professor catedrático (em Pré-História e Arqueologia) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, desde 1991, ora aposentado. Especialista em Epigrafia Romana. Dirige, desde 1982 (data da sua criação), o suplemento da revista Conimbriga (do Instituto de Arqueologia da citada Faculdade), Ficheiro Epigráfico, onde, em 162 números, se deram a conhecer, sob sua supervisão, cerca de 650 inscrições romanas inéditas da Península Ibérica. Concluiu o Curso de Conservador de Museus no Museu Nacional de Arte Antiga em 1972 e ocupam-no, também por isso, as questões do Património Cultural, disciplina de que também foi docente e temática de que amiúde se ocupa, como jornalista. Com algumas dessas crónicas se publicaram os livros Cascais e os Seus Cantinhos (2002), Recantos de Cascais (2007). Dos Segredos de Cascais (2009) e Cascais Paisagem com Pessoas dentro (2011). Doutor honoris causa pela Universidade de Poitiers (França), académico de Mérito da Academia Portuguesa de História e membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. Foi agraciado, a 7 de Junho de 1994, com a medalha de mérito municipal de Cascais. Administra, na Internet, três fóruns de informação: archport (sobre Arqueologia), museum (Museologia e Património), e histport (história de Portugal). A sua biografia consta do livro Personalidades da Costa de Estoril, I vol., Cascais, 1995, p. 277-284. O Prof. Juan Manuel Abascal, de Universidade de Alicante, mantém o seu currículo actualizado, nomeadamente a nível de publicações (mais de 850): http://www.ua.es/personal/juan.abascal/encarnacao_jose_de.html.

  • Patricia Carvalhinhos, Universidade de São Paulo

    Orientadora de Mestrado; Orientadora de Doutorado Possui graduação em Letras pela Universidade de São Paulo (1994), mestrado em Linguística pela Universidade de São Paulo (1998) e doutorado em Linguística (nota 7 em 2005, ano da titulação) pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor doutor II ref. MS-3 Nível 2 da Universidade de São Paulo. Sua produção e experiência, ainda que fortemente pautada nas ciências da linguagem, é marcadamente interdisciplinar pela própria essência de sua área de atuação: Onomástica. A ciência dos nomes, desdobrada entre o estudo de nomes de lugares e nomes de pessoas (além de nomes em geral), só pode ser estudada sob a perspectiva da interdisciplinaridade. Sua produção dialoga com várias disciplinas: linguística, história, geografia, cartografia, urbanismo, antropologia, psicologia, religião. Desde 2015, sua produção tem-se voltado sobretudo à compreensão dos fenômenos relacionados aos mecanismos de produção de nomes nos meios urbanos (toponímia crítica).

  • Mônica Soares, Universidade de São Paulo

    Pós-Doutora pela Universidade de São Paulo (USP). Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). Doutora em Linguística pela Universidade de Évora (UÉvora) - Portugal. Mestra em Letras pela Universidade Federal de Sergipe - UFS (2012). Especialista em Língua Portuguesa, pela Faculdade Pio X (2010) e Licenciada em Letras Português-Vernáculas, pela Universidade Federal de Sergipe - UFS (2006). Experiência acadêmica na área de Letras, com ênfase em Ciências da Linguagem (Linguística, Linguística Cognitiva, Psicolinguística, Neurolinguística, Sociolinguística), Ensino de Língua Portuguesa como Língua Materna, como Língua Não Materna e como Língua de Herança. Em seu Mestrado, trabalhou com as Políticas Públicas para a Alfabetização e o Letramento (Literácia), avaliando a aplicação da Provinha Brasil e analisando as concepções linguísticas a ela subjacentes, nomeadamente, Consciência Fonológica, Gêneros Textuais e Sociolinguística. Em seu doutoramento pela USP, em convénio de Dupla Titulação com Universidade de Évora, que lhe conferiu, respectivamente, os títulos de Doutora em Letras e Doutora em Linguística, direciona seu olhar para a Linguística Cognitiva, a Psicolinguística, a Neurolinguística e a Consciência Linguística, as quais ancorarão sua pesquisa sobre a influência da Música na linguagem de idosos brasileiros e portugueses afetados pela Doença de Alzheimer. Atualmente, em seu Pós-Doutoramento, tem se aprofundado em estudos atrelados ao Português como Língua de Herança, onde procura averiguar se o a variedade linguística do aluno brasileiro em contextos sociais portugueses pode ser considerada um fenômeno de Língua de Herança, visto que, embora se trate do mesmo idioma, os falantes do português do Brasil são imigrantes. É membro permanente da Diretoria Executiva do Simelp. É Pesquisadora do Grupo de Pesquisa LinC - Linguagem e Cognição, cuja linha de pesquisa intitula-se: Complexidades cognitivas e contato linguístico, coordenado pela Profa. Dra. Maria Célia Lima-Henandes (Universidade de São Paulo). É membro da AILP - Associação Internacional de Linguística do Português. Presidente da VIII Edição do Simelp.

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Publicado

2023-04-28

Como Citar

D’ENCARNAÇÃO, José; CARVALHINHOS, Patricia; SOARES, Mônica. Entrevista com José d’Encarnação: toponímia portuguesa e Epigrafia Romana, ou uma aventura ao passado mediada pelos nomes de lugares. Linha D’Água, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 203–210, 2023. DOI: 10.11606/issn.2236-4242.v36i1p203-210. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/212012.. Acesso em: 1 maio. 2024.