A construção histórica da territorialidade Guarani através de suas migrações
Palavras-chave:
Direitos, Guarani, História, Migrações, TerritorialidadeResumo
A discussão acerca dos direitos dos povos indígenas à territorialidade é ainda bastante incipiente. Assim, o presente artigo oferece uma contribuição aos debates sobre esse tema aludindo à dispersão Guarani pelos territórios sul-americanos e considerando as migrações como uma dinâmica social de longa duração entre esses povos, o que resultou na construção histórica de territorialidades não suficientemente reconhecidas. Deste modo, apoiamo-nos na produção bibliográfica mais recente acerca de pesquisas arqueológicas que tratam da ocupação Guarani na América do Sul em torno de alguns de seus rios mais importantes. Utilizando uma metodologia qualitativa de análise do discurso, recuperamos a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2007) com vistas para o direito à territorialidade. À guisa de uma conclusão, observamos alguns pontos sobre o assunto no Brasil.
Downloads
Referências
AFONSO, M. C. “Pesquisas arqueológicas no vale do rio Ribeira do Iguape (Sudeste-Sul do Brasil): uma síntese”. Revista del Museo de La Plata, v. 4, n. 2, p. 463-480, 2019.
BAKHTIN, M.; VOLOCHÍNOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na Ciência da Linguagem. São Paulo: Hucitec, 2006.
BARBOSA, C. “Governo Bolsonaro é o maior desafio para os indígenas desde colonização, afirma CIMI”. Brasil de Fato, 12 dez. 2020.
BONOMO, M. Historia prehispánica de entre ríos. Buenos Aires: Fundación de Historia Natural Félix de Azara, 2012.
BONOMO, M. et al. “Las poblaciones indígenas prehispánicas del río Paraná inferior y medio”. Revista del Museo de La Plata, v. 4, n. 2, p. 585-620, 2019.
BRAUDEL, F. Escritos sobre a história. São Paulo: Perspectiva, 1978.
CALANDRA, H.; LAMENZA, G.; SALCEDA, S. “Arqueología de los ríos Pilcomayo, Bermejo y Paraguay”. Revista del Museo de La Plata, v. 4, n. 2, p. 481-510, 2019.
CAMARGOS, D. “Acusados por Bolsonaro, caboclos e indígenas têm territórios devastados por incêndios no Pantanal”. Repórter Brasil, São Paulo, 14 out. 2020.
CASTRO, J. C. “Río Uruguay: una síntesis arqueológica”. Revista del Museo de La Plata, v. 4, n. 2, p. 541-584, 2019.
GIORDANI, R. C. F. “Os guaranis no oeste paranaense e a (re)constituição de territórios originários”. Guaju, v. 1, n. 1, p. 142-166, 2015.
GODOI, E. P de. “Territorialidade: trajetória e usos do conceito”. Raízes, v. 34, n. 2, p. 8-16, 2014.
LITTLE, P. E. “Territórios sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Brasília”. Anuário Antropológico, v. 28, n. 1, p. 251-290, 2003.
MALDI, D. “A questão da territorialidade na etnologia brasileira”. Sociedade e Cultura, v. 1, n. 1, 1998.
MATHIAS, F.; YAMADA, E. “Declaração da ONU sobre direitos dos povos indígenas”. Povos Indígenas, abr. 2010.
MELIÀ, B. “El ‘modo de ser’ Guaraní en la primera documentación Jesuítica (1594-1639)”. Revista de Antropologia, v. 24, p. 1-24, 1981.
NAÇÕES UNIDAS. Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. Rio de Janeiro: UNIC/Rio/023, 2008.
POPYGUA, T. da S. V. T. Yvyrupa: a terra uma só. São Paulo: Hedra, 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Edson Dos Santos Junior
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).