As agendas culturais da Guerra Fria e o "Programa Ideológico"
a CIA e a Fundação Ford na atração às elites intelectuais
DOI:
https://doi.org/10.11606/ran.v0i9.98864Palavras-chave:
Guerra Fria, Intelectuais, CIA, Estados Unidos, Departamento de Estado, Fundação FordResumo
Tratamos, neste artigo, do desenvolvimento de propostas norte-americanas de atração às elites intelectuais na Guerra Fria. O foco de trabalho é a criação e gestão do Programa Ideológico “U. S. Doctrinal Program”, de formação e arregimentação de quadros de esquerda, particularmente em áreas do mundo em “desenvolvimento”. Sua execução, entre os anos 1950 e 1960, era responsabilidade dos vários órgãos de política externa dos EUA, destacadamente a CIA, tendo em vista a estratégia ser secreta em seus quesitos mais fundamentais. Na estrutura do seu modelo de operações estava um tripé, formado por órgãos governamentais, não-governamentais e os beneficiários visados na estratégia. A Fundação Ford esteve entre os participantes mais instrumentais da ofensiva, tendo em vista seus compromissos institucionais com o deslocamento das esquerdas do neutralismo e do comunismo, que compunham o núcleo dessa proposta de intervenção. Baseado em pesquisa de fontes primárias, este trabalho tematiza a emergência de novas áreas de investigação intelectual e disciplinar, centradas nas Ciências Sociais, na modernização econômica e no “desenvolvimento”, como expressão dessa sofisticada tentativa de reorientação de disputas políticas, teóricas e ideológicas.
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1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
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