O enfoque econômico da saúde na união européia

Autores

  • Lucas Hernandes Correa Universidade Paris X

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v9i2p151-189

Palavras-chave:

Corte de Justiça das Comunidades Européias, Integração Negativa, Monopólio Farmacêutico, Princípio da Precaução, Saúde

Resumo

O presente artigo tem como objetivo mostrar como a União Européia, por meio da atividade da Corte de Justiça das Comunidades Européias, vem restringindo a proteção à saúde em nome da efetivação do Mercado Comum Europeu, base da construção européia. Demonstra-se este fato pela análise das mais significativas decisões relativas, direta e indiretamente, à saúde emanadas por essa Corte. Constata-se o esvaziamento da noção de proteção à saúde por meio, principalmente, da interpretação estrita dos artigos(1) do Tratado das Comunidades Européias, que viabilizam a possibilidade de existência de medidas nacionais que contradigam o Direito Comunitário em nome da proteção de certos valores, aqui a saúde. Nesse contexto, a saúde enquanto medida derrogatória, o monopólio farmacêutico, o princípio de precaução encontram-se fortemente enfraquecidos. Esse fato revela o papel que a Corte européia vem assumindo por meio da integração negativa, dentro do atual contexto decisional cada vez mais complexo da União, e a incapacidade desta para traçar objetivos comuns em áreas controvertidas, mas de suma importância, como a da saúde.

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Publicado

2008-07-01

Edição

Seção

Tema em Debate

Como Citar

Hernandes Correa, L. (2008). O enfoque econômico da saúde na união européia . Revista De Direito Sanitário, 9(2), 151-189. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v9i2p151-189