Macroalocações de recursos em saúde por intermédio da atividade jurídico-processual: implicações bioéticas

Autores

  • Sergio Domingos Pittelli Escola Paulista de Direito
  • Daniel Romero Muñoz Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v4i3p43-56

Palavras-chave:

Bioética, Conflito de Interesses, Custo do Atendimento, Programas Governamentais, Responsabilidade Social.

Resumo

A finalidade deste artigo é descrever a situação relativa à macroalocação de recursos de origem jurídico-processual gerada no Brasil pela nova conformação jurídico-política derivada da Constituição Federal de 1988 e analisar suas implicações na esfera da bioética. No que tange à bioética, a questão é analisada sob o ponto de vista dos princípios da beneficência, autonomia e justiça. Conclui-se que a situação descrita implica em violação do princípio da justiça pelo uso abusivo do princípio da beneficência. Conclui- se ainda que o abuso se concretiza pela ausência de participação da sociedade nas decisões judiciais, o que afasta o componente solidariedade. Conclui-se, paralelamente, que é necessário mudar a conformação jurídico- política com melhor definição dos poderes do juiz na esfera do Direito Sanitário e ainda que a situação reforça o modelo econômico que atrela os gastos em saúde aos interesses do mercado.

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Publicado

02.11.2003

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Pittelli, S. D., & Muñoz, D. R. (2003). Macroalocações de recursos em saúde por intermédio da atividade jurídico-processual: implicações bioéticas. Revista De Direito Sanitário, 4(3), 43-56. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9044.v4i3p43-56