DOSSIÊ ESPECIAL
100 ANOS DA LITERATURA DE SODOMA
A polêmica intitulada "Literatura de Sodoma" iniciou-se com a defesa que Fernando Pessoa fez das Canções de António Botto na Revista Contemporânea, em 1922, desdobrando-se em debates acalorados, contra e em defesa da obra de Botto e culminando com a publicação em 1923 de Sodoma Divinizada, de Raul Leal, e Decadência, de Judith Teixeira, que acabaram por fazer parte de uma das mais indigestas querelas da literatura portuguesa. As obras foram, inicialmente, em 1923, recolhidas pelo Governo Civil de Lisboa, vindo a passar por um limbo crítico e uma quase exclusão pelas histórias literárias, devido ao conteúdo transgressor das obras. Por isso, críticos conservadores, como Marcelo Caetano, consideravam essas publicações “obscenas" ou “arte sem moral nenhuma”. Esse dossiê especial da Revista Via Atlântica propõe, a partir desse evento histórico que ficou conhecido como "Literatura de Sodoma", (re)pensar a abrangência das temáticas queer, nas Literaturas de Língua Portuguesa, a partir das seguintes linhas temáticas:
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