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RELEASE A condição pós-histórica da fotografia

Os “clicks” compõem o cotidiano das pessoas através das redes sociais como Instagram, mídia mais expressiva de troca de imagens que pode se apropriar de outros referenciais como memes e menes (brincadeiras online que envolvem imagens e frases em certo contexto), por exemplo; além de fáceis ferramentas com recursos estéticos que permitem deixar as fotografias mais atraentes com filtros de imagem. O interesse por esse tipo de comunicação é notável com o anúncio da rede Instagram, que declarou no final do ano passado ter atingido 300 milhões de usuários ativos, ultrapassando o concorrente Twitter (baseada no texto curto), que tem hoje 284 milhões de usuários ativos.

Essa “adulteração” das imagens, que acarreta no encontro de novos sentidos para uma foto crua, rompe com a condição aceita da fotografia como um importante documento iconográfico, ou seja, como testemunha fiel da história. O contexto atual evidencia a problemática das imagens que podem com facilidade serem modificadas, gerando perda de credibilidade e até mesmo uma banalização de seu uso devido ao seu excesso diário.

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Diante dessa deslegitimação da fotografia enquanto construção linear da história Wagner Souza e Silva, professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) publicou na última edição da “Revista Alterjor” (https://www.revistas.usp.br/alterjor), produção da ECA-USP, o artigo “A condição pós-histórica da fotografia” na busca pelo entendimento de como se compõe essa nova conjuntura da imagem.

Em suas conclusões, o professor demonstra o papel da fotografia em derrubar o tribunal da arte no decorrer de sua trajetória e agora perturba o tribunal da história, que sustentava sua existência como “documento objetivo”, surgindo assim, as tecnoimagens com aptidão para instrumentalizar o simbólico por trás dos fatos.

“As características dessa consciência pós-histórica podem revelar um contexto favorável para propulsionar a fotografia como um vetor da comunicação. Quando a imagem fotográfica perde o seu valor de testemunho, distanciando-se das amarras de suas responsabilidades como documento iconográfico para a história, sua aptidão para instrumentalização simbólica pode ser reforçada.”, afirma Souza e Silva sobre as novas possibilidades de informação por meio das imagens, principalmente nas redes sociais.

Suas análises se basearam no conceito de que o historiador deve ver a história como algo mutável e pela filosofia da fotografia do tcheco-brasileiro Vilém Flusser, com a ideia de que já vivemos em uma realidade pós-histórica simbolizada pelas imagens, determinando a decadência da escrita como código reinante.

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CONTATO:

Artigo: A Condição Pós-Histórica do Jornalismo.  Revista Alterjor [online], 2014, ano. 05, vol. 02, n.10. 14p. Link: https://www.revistas.usp.br/alterjor/article/view/88319

Pesquisador: Prof. Dr. Wagner Souza e Silva   – ECA-USP; (11) 3091-4117 – (11) 3091-4112; Email: wasosi@usp.br

Jornalista: Kátia Kishi – Telefone: (12) 3341-9125 / (14) 98110-0814

E-mail: katiakishi@gmail.com

 

Algumas imagens presentes no artigo:

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Figura 1: Fotografias de Brian Walski. A imagem mais abaixo é resultado de fusão das outras duas imagens acima.
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Figura 2: print screen de página do fotógrafo David Guttenfelder no Instagram.

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