Carolina Medeiros,br>
Kátia Kishi

Modelo de acesso gratuito disponível no Portal de Revistas da USP é citado por coordenadora do Programa de Open Access na Universidade de Columbia

No final de abril (29), a Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, organizou o evento “Pesquisa Sem Fronteiras: Acesso Aberto nas Américas”. Durante o encontro foram abordadas questões sobre as políticas de nível nacional de ensino e as questões sobre a acessibilidade do público à pesquisa nos EUA, Canadá e América Latina. Entre esses painéis de discussão, a Universidade de São Paulo (USP) foi citada na palestra da pesquisadora Dominique Babini como exemplo de organização entre os portais que reúnem revistas especializadas.

Babini é coordenadora do Programa de Acesso Aberto (Open Access) do Conselho Latino Americano de Ciências Sociais (CLACSO), pesquisadora acadêmica na área de comunicação na Universidade de Buenos Aires, perita do Comitê do Sistema Nacional Argentino de Repositórios Digitais e consultora do Portal de Acesso Global Livre da UNESCO.

A palestra ministrada por ela no evento discutiu o acesso livre às redes de comunicações acadêmicas, com base no conceito de que o conhecimento é um bem comum. Na visão da palestrante, o Portal de Revistas da USP, serve como modelo porque possui uma política institucional obrigatória que disponibiliza, de forma online e gratuita, o acesso a 124 revistas acadêmicas especializadas produzidas em seus seis campi.

A pesquisadora ressaltou a importância dessa política com a declaração de Acesso Aberto regional promovido pela SciELO (Scientific Electronic Library Online) em 2005 em Salvador (BA), ao afirmar que as pesquisas realizadas com financiamento público devem ser disponibilizadas gratuitamente para população, considerando que os custos de publicação devem estar embutidos no orçamento da pesquisa. De acordo com a declaração, essa política fortalecerá as revistas especializadas, além de promover a integração do desenvolvimento do saber científico mundial.

Os periódicos acadêmicos produzidas pela USP também estão disponíveis em renomadas bases de dados científicos internacionais, como Scopus, Journal Citation Reports (JCR), SciELO, Science Citation Index, BIOSIS Previews e Social Sciences Citation Index.

Outros exemplos mencionados na palestra como iniciativas de destaque no acesso livre na América Latina foram os portais SciELO e Redalyc. Segundo Babini, ambos fornecem visibilidade e indicadores gratuitos para uma crescente coleção de 1149 revistas de 12 países, sendo que no Latindex estima-se que no todo sejam 5883 revistas digitais na América Latina.