Progresso, Velocidade, Máquina e mídia: um futurismo periférico e a crônica jornalística de João do Rio
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2010.51206Palavras-chave:
Exposição Nacional de 1908, progresso, Futurismo, velocidade e imaginação da máquina, mídia impressa, crônica de João do Rio.Resumo
A mostra “1908 – Um Brasil em Exposição”, realizada em 2010 no Centro Cultural dos Correios, que resgata a “Exposição Nacional de 1908”, é aqui escolhida como motivação inicial para colocar em pauta a modernizaçãodo país, o progresso e a imaginação tecnológica e seu atrelamento às mídias, componentes também motivadores da produção de João do Rio e seu possível “futurismo”. Não há provas de que o jornalista, em viagem à Europa (1908-1909), tenha conhecido o Manifesto de Marinetti, editado no jornal Le Figaro, em 1909, mas testemunhou o clima dos tempos modernos nas cidades visitadas. Por coincidência, é tocado pelo mito da velocidade e da máquina, que abordou em crônicas para a imprensa da época, depois recolhidas, em parte, em livros como Cinematographo e Vida vertiginosa, em que se pode depreender temática e posturas discursivas semelhantes às do Manifesto Futurista. Busca-se testar tal hipótese, depreendendo, através da mediação da mídia impressa, traços que antecedem o programa de certo modernismo brasileiro.
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