Crítica melodramática e crítica suja: uma introdução
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2015.97127Palavras-chave:
Mídia e periferia, poder, crítica, pureza.Resumo
Na década de 2000, a produção cultural periférica mobilizou considerável atenção da crítica acadêmica, no campo da comunicação. No período, o potencial transgressivo foi a principal medida a partir da qual manifestações identificadas com as periferias eram consideradas. A ênfase na capacidade ou fracasso em desafiar o estabelecido fez parte de um modelo interpretativo que tomava o discurso dos interlocutores periféricos como alternativa radical ao discurso do poder, portanto, limpa de suas marcas. Explorando um repertório ligado ora à higiene, ora à religiosidade - em que a separação é gesto chave na produção de pureza -, o artigo trata da necessidade de abordar as culturas subalternas sem depender do que se chamou de crítica melodramática, a qual consiste na separação radical entre os discursos estabelecidos e transgressores.Downloads
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