Sarau Asas Abertas: memórias e resistência em forma de imagens visuais e de poemas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2021.183750Palavras-chave:
Literatura, Resistência, Memória, Penitenciária Feminina da CapitalResumo
Analisamos, neste artigo, o livro Sarau Asas Abertas, coletânea de poemas de mulheres aprisionadas na Penitenciária Feminina da Capital (PFC), publicada em 2019 pelo Coletivo Poetas do Tietê. Contextualizamos o estado atual do sistema prisional brasileiro com dados concretos, fundamentais para a compreensão da condição das mulheres em situação de privação de liberdade. Com o suporte de autores que vão da literatura à memória social, identificamos estratégias de resistência à invisibilidade e ao silenciamento por meio de seus textos e das imagens visuais que compõem suas capas e contracapas. Chamamos atenção, ainda, para a importância de iniciativas que priorizam grupos sociais excluídos e estigmatizados nas e pelas mídias e sua contribuição para a problematização da memória pública.
Downloads
Referências
AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção: homo sacer II. São Paulo: Boitempo, 2004.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO GRANDE DO SUL. Agenda nacional pelo desencarceramento. Disponível em: bit.ly/3eBQvFg Acesso em: 21 jan. 2021.
BAITELLO JUNIOR, Norval. “Comunicação, Mídia e Cultura”. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v.12, n.6, 1998.
BOSI, Alfredo. Narrativa e resistência. Literatura e resistência. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
CANDIDO, Antonio. Direitos Humanos e Literatura. Direitos Humanos e.... São Paulo/Comissão Justiça e Paz de São Paulo: Brasiliense, 1989.
COLETIVO POETAS DO TIETÊ (org.). Sarau asas abertas: Penitenciária Feminina da Capital. São Paulo: Edições do Tietê, 2019.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 1990.
HELLER, Bárbara; VARGAS, Herom. Diários de Testemunhas: das memórias subjetivas aos produtos midiáticos. Revista Interamericana de Comunicação Midiática. v. 19, n. 41, 2020. Disponível em: bit.ly/3trlCYn .Acesso em: 25 jan. 2021.
JELÍN, E. Exclusión, memorias y luchas políticas. In: JÉLIN, E. Estudios latinoamericanos sobre cultura y transformaciones sociales en tiempos de globalización. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, 2001. p. 91-110.
NASCIMENTO, Luciano. Brasil tem mais de 773 mil encarcerados, maioria no regime fechado. Agência Brasil. 14 fev. 2020. Disponível em: bit.ly/3qNsSf9 Acesso em: 22 jan. 2021.
PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Editora 34, 2009.
SANGLARD, Fernanda, SANTA CRUZ, Lúcia, GAGLIARDI, Juliana. Da comemoração à rememoração: retrotopia nos 55 anos do golpe de 1964 na cobertura da Folha e do Globo. Anais da Compós. Disponível em: bit.ly/3toi8Wk Acesso em 25 jan. 2021.
SARLO, Beatriz. Tempo passado. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007.
SAWAIA, Bader (org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2001.
SELIGMANN-SILVA, Márcio. Violência, encarceramento, (in)justiça: memórias de histórias reais das prisões paulistas. Revista de Letras, São Paulo, 43(2): 29-47, 2003. Disponível em: bit.ly/2Q7yV1H Acesso em: 25 jan. 2021.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Barbara Heller, Vima Lia de Rossi Martin, Fernanda Mendes Soares, Anderson Marzinhowsky Benaglia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Declaro a total e irrestrita cessão de direitos autorais sobre o texto enviado para publicação na Rumores – Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias. Entendo que o conteúdo do artigo é de minha inteira responsabilidade, inclusive cabendo a mim a apresentação de permissão para uso de imagens, ilustrações, tabelas, gráficos de terceiros que, porventura, venham a integrá-lo.