Mudaram as Princesas?
Ressignificações da identidade feminina nos SRSs
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2019.160681Palavras-chave:
Comunicação, consumo, identidade, princesas, redes sociaisResumo
Neste artigo discutimos as ressignificações das Princesas Disney em sites de redes sociais, em que perfis são criados de acordo com interesses diversos. O ponto de partida é o imaginário do feminino surgido nos contos clássicos do século XIX (Grimm, Andersen, La Fontaine, Perrault e Lewis Carroll) e originalmente não escritos para o universo infantil, mas metamorfoseados pela indústria da fantasia na forma de uma diversidade de produtos. O debate tem origem na mudança ainda lenta percebida no perfil das princesas nos últimos dez anos: de jovens indefesas, sonhadoras e esperando pelo príncipe encantado a pequenas heroínas idealistas que lutam por uma causa. O objetivo é explorar essas ressignificações, tomando como base perfis de princesas no Facebook, com o intuito de analisar os elementos constituintes em busca de sinalizadores da representação da identidade feminina na contemporaneidade.
Downloads
Referências
AMARAL, A. M. B. do. Princesas Disney: o amor como estatuto privilegiado no universo feminino. (En)Cena, Palmas, 7 mar. 2014. Disponível em: https://bit.ly/2klBRYT. Acesso em: 8 maio 2015.
BARBOSA, Â. M. D. A literatura infantil e a construção da identidade feminina e masculina. In: ENCONTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA, 5., 2009, Salvador. Anais […]. Salvador: UFBA, 2009. p. 1-9. Disponível em: https://bit.ly/2lZeOU6. Acesso em: 8 maio 2016.
BAUMAN, Z. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
BREDER, F. C. Feminismo e príncipes encantados: a representação feminina nos filmes de princesa da Disney. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.
CASTELLS, M. O poder da identidade – a era da informação: economia, sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 2000. 2 v.
CECHIN, M. B. C.; SILVA, T. da. Princesas em discurso: as bonecas personagens da Disney na visão das crianças. Reflexão e Ação, Santa Cruz do Sul, v. 23, n. 2, p. 250-268, 2015.
COSTA, T. Quais são as redes sociais mais usadas no Brasil? Rockcontent, [s. l.], 19 jul. 2019. Disponível em: https://bit.ly/2yvFi1E. Acesso em: 17 set. 2019.
DIESENDRUCK, E. Com licença: compreenda melhor o licenciamento, um negócio de 112 bilhões de dólares. São Paulo: Nobel, 2000.
DISNEY princesa. Wiki Disney Princesas, [s. l.], 31 ago. 2014. Disponível em: https://bit.ly/2lTwErS. Acesso em: 13 set. 2017.
DISNEY princesa. In: WIKIPEDIA: the free encyclopedia. [São Francisco, CA: Wikimedia Foundation,] 2018. Disponível em: https://bit.ly/2m0f2dD. Acesso em: 13 abr. 2018.
FREITAS, H. Escola de Princesas ensina etiqueta, culinária e organização de casa a meninas de 4 anos. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 12 out. 2016. Disponível em: https://bit.ly/2dJJtBb. Acesso em: 21 abr. 2018.
GIDDENS, A. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
HJARVARD, S. Midiatização: teorizando a mídia como agente de mudança social e cultural. Matrizes, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 53-91, 2012.
ILUSTRAÇÕES mostram princesas da Disney com namoradas. Diário de Pernambuco, Recife, 10 set. 2016. Disponível em: https://bit.ly/2doHte. Acesso em: 15 abr. 2018.
LOPES, K. E. L. dos S. Análise da evolução do estereótipo das Princesas Disney. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social) – Faculdade de Tecnologia e Ciências Sociais Aplicadas, Centro Universitário de Brasília, Brasília, DF, 2015.
MAJOLO, N. A influência das princesas da Disney nas crianças. Lado M, [s. l.], 7 out. 2015. Disponível em: https://bit.ly/2lZ42gE. Acesso em: 27 mar. 2019.
MARTINO, L. M. S. Comunicação e identidade: quem você pensa que é? São Paulo: Paulus, 2010.
NÓBREGA, L. de P. A construção de identidades nas redes sociais. Revista Fragmentos de Cultura, Goiânia, v. 20, n. 1-2, p. 95-102, 2010.
OLIVEIRA, P. S. T. de. A contribuição dos contos de fadas no processo de aprendizagem das crianças. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Psicologia) – Departamento de Educação, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2010.
PAINS, C. Menina ganha festa de super-herói e quebra estereótipo de gênero. O Globo, Rio de Janeiro, 25 abr. 2016. Disponível em: https://glo.bo/2kmduua. Acesso em: 28 mar. 2019.
PRINCESAS da Disney ganham visuais modernos em séries de desenhos. Diário de Pernambuco, Recife, 16 fev. 2016. Disponível em: https://bit.ly/2kRb0nL. Acesso em: 15 abr. 2018.
PRINCESAS tatuadas. Facebook, [s. l.], 23 mar. 2016. Disponível em: https://bit.ly/2kpf5zx. Acesso em: 3 abr. 2018.
REIS, S. de C. O que são contos de fadas? Recife: Ed. UFPE, 2014.
SANTAELLA, L. Mulheres em tempos de modernidade líquida. Comunicação & Cultura, Lisboa, n. 6, p. 105-113, 2008.
SLATER, D. Cultura do consumo & modernidade. São Paulo: Nobel, 2002.
STRAUBHAAR, J.; LAROSE, R. Comunicação, mídia e tecnologia. São Paulo: Thompson, 2004.
TOMÉ, M. da C.; BASTOS, G. A herança dos Irmãos Grimm na literatura juvenil contemporânea: a “chick lit” e as princesas do novo milénio. Agália, Santiago de Compostela, n. 103, p. 7-29, 2011.
TONIN, J.; KURTZ, G.; FRAGA, L.; LEORATTO, M. O papel da mulher nos contos de fada contemporâneos: Malévola: imaginário e a Terceira Mulher de Gilles Lipovetsky. Sessões do Imaginário, Porto Alegre, v. 21, n. 35, p. 61-69, 2016.
VALENTE, J. Facebook chega a 127 milhões de usuários no Brasil. Agência Brasil, Brasília, DF, 20 jul. 2018. Disponível em: https://bit.ly/2Lx5DSV. Acesso em: 17 set. 2019.
WITZEL, D. G. Contos de fadas (re)citados na publicidade: um estudo sobre interdiscurso, redes de memória e identidade. Cadernos de Linguagem e Sociedade, Brasília, DF, v. 13, n. 2, p. 163-182, 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro a total e irrestrita cessão de direitos autorais sobre o texto enviado para publicação na Rumores – Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias. Entendo que o conteúdo do artigo é de minha inteira responsabilidade, inclusive cabendo a mim a apresentação de permissão para uso de imagens, ilustrações, tabelas, gráficos de terceiros que, porventura, venham a integrá-lo.