Entre enigmas e possibilidades
configurações detetivescas nos romances As iniciais, de Bernardo Carvalho, e O silêncio da chuva, de Luiz Alfredo Garcia-Roza
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-677X.rum.2020.161089Palavras-chave:
Literatura brasileira contemporânea, Romance policial, DetetiveResumo
Esta pesquisa adentra o campo da literatura policial, investigando de que maneira as configurações detetivescas modernas criadas por Edgar Allan Poe, fazem-se presentes, reinventando-se na contemporaneidade. Assim, para responder a essa questão, busca-se entender as configurações detetivescas modernas e analisar os romances policiais brasileiros As iniciais (1999), de Bernardo Carvalho, e O silêncio da chuva (2005), de Luiz Alfredo Garcia-Roza, para visualizar como essas configurações são postas nos livros. Destaca-se que o romance policial contemporâneo, apesar de manter muitas configurações modernas, não tem uma estrutura fixa e linear, dividindo-se em duas áreas: o whoddunit e o roman noir.
Downloads
Referências
AGAMBEN, G. O que é o Contemporâneo? In: AGAMBEN, G. O que é o Contemporâneo? e outros ensaios. Tradução: Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009. p. 55-73.
ALBUQUERQUE, P. M. O mundo emocionante do romance policial. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.
BAUDELAIRE, C. Sobre a modernidade. Tradução: Teixeira Coelho. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
BENJAMIN, W. Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Tradução: José Martins Barbosa. São Paulo: Brasiliense, 1991.
CALVINO, I. Para que ler os clássicos? In: CALVINO, I. Por que ler os clássicos. Tradução: Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. p. 9-16.
CARVALHO, B. As iniciais. São Paulo: Companhia das letras, 1999.
CHAUVIN, J. P. Crimes de festim: ensaios sobre Agatha Christie. São Paulo: Todas as Musas, 2017.
FRANCO, A. A. Labirintos perdidos: ficção contemporânea em trânsito nos romances de Bernardo Carvalho e Francisco José Viegas (2000-2010). 2013. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
GARCIA-ROZA, L. A. O silêncio da chuva. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
MAGRI, M. M. Figurações da AIDS em As Iniciais, de Bernardo Carvalho. Via Atlântica, São Paulo, n. 29, p. 445-460, 2016.
NEBIAS, M. M. R. A reinvenção do detetive em tempos pós-utópicos. Fólio: Revista de Letras, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 9-20, 2010.
PIGLIA, R. Formas breves. Tradução: José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
PIGLIA, R. Sobre el género policial. In: PIGLIA, R. Crítica y ficción. Buenos Aires: Lectulandia, 1986. p. 32-34.
POE, E. A. Contos de imaginação e mistério. Tradução: Cássio de Arantes Leite. São Paulo: Tordesilhas, 2015.
POE, E. A. Poemas e ensaios. Tradução: Oscar Mendes e Milton Amado. São Paulo: Globo, 1999.
PONTES, M. Elementares notas sobre a história da literatura policial. Rio de Janeiro: Odisseia, 2007.
REIMÃO, S. L. O que é romance policial. São Paulo: Brasiliense, 1983.
REIMÃO, S. L. Literatura policial brasileira. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
TODOROV, T. Tipologia do romance policial. In: TODOROV, T. As estruturas narrativas. Tradução: Leila Perrone-Moisés. São Paulo: Perspectiva, 1970. p. 93-104.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaro a total e irrestrita cessão de direitos autorais sobre o texto enviado para publicação na Rumores – Revista Online de Comunicação, Linguagem e Mídias. Entendo que o conteúdo do artigo é de minha inteira responsabilidade, inclusive cabendo a mim a apresentação de permissão para uso de imagens, ilustrações, tabelas, gráficos de terceiros que, porventura, venham a integrá-lo.