Características fisiológicas, músculo-esqueléticas, antropométricas e oftalmológicas em jogadoras de futebol feminino consideradas de elite

Autores

  • Paulo Roberto Santos Silva Associação Portuguesa de Desportos
  • Angela Romano Associação Portuguesa de Desportos
  • Carla Dal Maso Nunes Roxo Associação Portuguesa de Desportos
  • Gilberto da Silva Machado Associação Portuguesa de Desportos
  • Júlio Cesar Costa Rosa Lolla Associação Portuguesa de Desportos
  • Cláudio Lepéra Associação Portuguesa de Desportos
  • Fernando Miele da Ponte Associação Portuguesa de Desportos
  • Adilson Andrade da Silva Associação Portuguesa de Desportos
  • Wilson Oliveira Riça Associação Portuguesa de Desportos
  • Albertina Fontana Rosa Associação Portuguesa de Desportos
  • Solange Basílio da Costa Associação Portuguesa de Desportos
  • Emídio Valenti Tavares Associação Portuguesa de Desportos
  • Alberto Alves de Azevedo Teixeira Associação Portuguesa de Desportos
  • Ana Maria Visconti Associação Portuguesa de Desportos
  • Antonio Palma Seman Associação Portuguesa de Desportos
  • Mauro Theodoro Firmino Associação Portuguesa de Desportos
  • Reynaldo Rodrigues da Costa Associação Portuguesa de Desportos
  • José Roberto Cordeiro Cordeiro Associação Portuguesa de Desportos

Palavras-chave:

Ergoespirometria, Teste Wingate, Avaliação Isocinética, Futebol, Medicina Esportiva

Resumo

O futebol feminino tem crescido acentuadamente em nosso país. Quinze jogadoras de futebol com média de idade de 22,3 ± 6,2 anos; peso 58,2 ± 8,3 kg e estatura 162,5 ± 6,1 cm foram submetidas à avaliação de vários parâmetros considerados importantes para o rendimento atlético das futebolistas. Além disso, comparamos alguns índices funcionais encontrados na literatura com os de jogadoras de outros países com mais experiência na prática desta modalidade. Os seguintes parâmetros e resultados foram: Cardiorrespiratório e metabólico em repouso e no exercício: FC = 87 ± 8 bpm; PAS = 100,6 ± 4,5 mmHg; PAD = 62,6 ± 4,5 mmHg; FCmax. = 194 ± 7 bpm; Borg = 19,5 ± 0,8; Veloc. max. = 13,4 ± 0,9 km.h·l; LVI = 8,5 km.h·l; LV2 = 11,2 km.h·l; Vemax.= 93,9 ± 16,5 L.min·l; VO~ico = 47,3 ± 4,5 mI02.kgl.min·l; ~ força isocinética de MMII direito a 60° 5.1 na extensão = 198,5 ± 44,1 Nm; na flexão 133,3 ± 30,5 Nm; MMII esquerdo a 60° 5.1 na extensão = 203,6 ± 38,1 Nm; na Flexão 116,5 ± 18,8 Nm; Wingate: potência de pico corrigida pelo peso = 9,5 ± 0,9 W.kgl; potência média = 7,5 ± 0,5 W.kg·l; índice de fadiga = 56,7 ± 7,3%; % de Gordura = 17,4 ± 2,3%; Avaliação oftalmológica: Acuidade visual para longe dos olhos direito e esquerdo foi de 97,5 ± 5,8%, respectivamente; Pressão intraocular dos olhos direito e esquerdo = 13,7 ± 2,7 e 13,1 ± 2,4 mmHg, respectivamente. Os resultados das variáveis que foram possíveis comparar com as das futebolistas internacionais mostraram que nossas atletas estavam com os índices equivalentes e, em alguns casos, até superiores. Entretanto, pela escassez de informações, ainda não há condições de estabelecer a quantificação dos índices mais adequados para a prática desta modalidade esportiva pelas mulheres. É necessário a realização de um volume maior de estudos, enfocando vários aspectos do futebol feminino.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

YAZBEK JR. P; CAMARGO JR, PA.; KEDOR, H.H.; SARAIVA, J.F.; & SERRO-AZUL LG. Aspectos propedêuticos no uso da ergoespirometria. Arq. Bras. Cardiol. 44(4):291-5,1985.

SILVA, P.R.S.; ROMANO, A.; YAZBEK JR., P; BATTISTELLA, L.R. & CORDEIRO, JR. Ergoespirometria computadorizada ou calorimetría indireta: um método nao invasivo de crescente valorizaçao na avaliaçao cardiorrespiratória ao exercício. Acta Fisiátrica 4(1):31-43,1997.

BORG, G. Perceived exertion as an indicator of somatic stress. Scand. J. Rehab. Med. 2:92-6,1970.

BHAMBHANIY & SINGH, M. Ventilatory thresholds during a graded exercise test. Respiration 47:120-8,1985.

FAULKNER, J.A. Physiology of swimming and diving. In: Falls H. Exercise Physiology. Baltimore, Academic Press. 1968.

WELLS, K.F. & DILLON, E.K. The sit and reach - a test of back and leg flexibility. Research Quarterly 23(1):115-8,1952.

MATHEWS, D.K. Medida e avaliaçao em educaçao física.5 ed. Rio de Janeiro. Interamericana, 1980.

BAR-OR, O. The wingate anaerobic test: An update on methodology, reliability e validity. Sports Medicine 4:381-94. 1987.

RHODES, E.C. & MOSHER, R.E. Aerobic and anaerobic characteristics of elite female university soccer players. Communications to the Second World Congress of Science and Football. Eindoven, the Netherlands 22-25, May, 1991. J. Sports Sciences (abstract) 10:143,1992.

EVANGELISTA, M.; PANDOLFI, O.; FANTON, F; FAINA, M. A functional model of female soccer players: Analysis of functional characteristics. Communications to the Second World Congress of Science and Football. Eindoven, the Nederlands 22-25, May, 1991. J. Sports Sciences (abstract) 10:165,1992.

JENSEN, K. & LARSSON, B. Variations in physical capacity among the Danish national soccer team for women during a period of supplemental training. Communications to the Second World Congress of Science and Football. Eindovea the Nederlands 22-25, May, 1991. J. Sports Sciences (abstract) 10:145,1992.

DONOVAN, C.M. & BROOKS, G.A. Endurance training affects lactate clearance, not lactate production. Am. J. Physiol. 244:E83-E92, 1983.

DONOVAN, C.M. & PAGLIASSOTTI, M.J. Endurance training enhances lactate clearance during hyperlactatemia. Am. J. Physiol. 257:E782-E89,1989.

DONOVAN, C.M. & PAGLIASSOTTI, M.J. Enhance efficiency of lactate removal after endurance training. J. Appl. Physiol. 68:1053-58,1990.

MAC RAE,H.S.H.; DENIS,S.C; BOSH,N.A.; NOAKES T.D. Effects of training in lactate production and removal during progressive exercise in humans. J. Appl. Physiol. 72:1649-56,1992.

JACOBS, I; WESTLIN, N.; KARLSSON, J; RASMOUSSON, M.- HOUGHTON, B. Muscle glycogen and diet in elite soccer players. Eur. J. Appl. Physiol. 48:297-302,1982.

BREWER, J. Nutritional aspects of women's soccer. J. Sports Sciences 12:S35-S8,1994.

DAVIS, J.A. & BREWER, J. Physiological characteristics of a international female soccer squad. Communications to the Second World Congress of Science and Football. Eindoven, the Nederlands 22-25, May 1991. J. Sports Sciences (abstract) 10:142-3,1992.

TUMILTY D.M.CA & DARBY S. Physiological characteristics of Australian female soccer players. Communications to the Second World Congress of Science and Football. Eindoven, the Nederlands 22-25, May 1991. J. Sports Sciences (abstract) 10:145,1992.

SALE, D.G. Testing Strengt and Power. In: Mac Dougall J; Wenger H; Green H. (eds). - Physiological Testing of the High Performance Athlete. 2 ed. Human Kinetics, Cham-paing. 21-106, 1991.

CRARY, B,; HANSER, S.L.; BORYSENKO, M.; etal. Epinephrine- Induced changes in the distribution of lymphocyte subsets in peripheral blood of humans. J. Immunol. 13(3):1178-81,1983.

KATZ, P; ZAYTOUN, A.M.; LEE, J.H. The effects of in vivo hydrocortisone on lymphocyte-mediated cytotoxicity. Arthritis Rheum. 27(1):72-8, 1984.

BANISTER, E.W & HAMILTON, C.L Variations in the iron status with fatigue modelled from training in female distance runners. Eur. J. Appl. Physiol. 54:16-23, 1985.

NUTTER, J. Seasonal changes in female athletes'diets.lnt. J. Sports Nutrition 1:395-407,1991.

HERBERT, V. Recommended dietary intakes (RDI) of iron in humans. Am. J. Nutr. 45:679-83,1987.

COOK, J.D. & FINCH, C.A. Assessing iron status of a population. Am. J. Clin. Nutr. 32(4):2115-9,1979.

MAGANAZIK, A.; WEINSTEIN, Y; ABARBANEL J.; et al. Effect of an iron supplement on body iron status and aerobic capacity of young training women. Eur. J. Appl. Physiol. 62:317-23,1991.

DOUGLAS, P. Effects of a season of competition and detraining on haematologlcal status of women field hockey and soccer players. J. Sports Med. Phy. Fitness. 29:179-183,1985.

FOGELHOLM, M. Vitamins, minerals and suplementation in soccer. J. Sports Sciences 12:S23-S27,1994.

GLANTZ, S.A. Primer of Biostatistics. 3 ed. New York, Mac Graw-Hill;1992.

LEYDHECKER, W. Os Glaucomas na Prática Medica. 3 ed. Editora Manole; 1980.

VAUGHAN,D.& ASBURYT. Oftalmologia Geral. 2 ed. Ateneu; 1983.

Downloads

Publicado

1998-04-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Silva PRS, Romano A, Roxo CDMN, Machado G da S, Lolla JCCR, Lepéra C, et al. Características fisiológicas, músculo-esqueléticas, antropométricas e oftalmológicas em jogadoras de futebol feminino consideradas de elite. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de abril de 1998 [citado 17º de maio de 2024];5(1):18-26. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102172