Comparação de picos de pressão em assento flexível em portadores de lesão medular e indivíduos normais: uma avaliação por interface de pressão

Autores

  • Ana Raquel da Silva Kochhann
  • Nívea Canali
  • Marcos Antônio Pineda Serafim

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20040005

Palavras-chave:

Lesão medular/complicações, Úlcera de Pressão/prevenção e controle

Resumo

As úlceras por pressão (UP) são complicações freqüentes em pacientes com lesão medular (LM). Estratégias de prevenção objetivam reduzir a magnitude ou duração da pressão, fricção e cisalhamento entre a pele e superfície de suporte. Para medir a eficácia destas superfícies utilizam-se medidas de interface de pressão. O objetivo deste estudo é determinar os índices de interface de pressão em assento flexível em pacientes lesados medulares. Um estudo transversal com 103 indivíduos com LM e 101 pessoas sadias foi realizado com o mapeamento dos picos de pressão por meio de um sistema de interface sensível em cadeira de rodas padrão, com almofada flexível. Dados antropométricos foram obtidos pelo exame físico para o cálculo do índice de massa corpórea (IMC). Os resultados confirmam os elevados índices de interface de pressão na amostra de pacientes com LM. Com o aumento do IMC em indivíduos não lesados medulares há uma diminuição dos picos de pressão, ou seja, melhor distribuição da força. Na amostra de pacientes com LM, observou-se que apesar do aumento do IMC, a maioria dos indivíduos mantém elevados índices de pressão na posição sentada. Não é possível contestar os estudos que relacionam picos de pressão, lesão medular e peso, pois na amostra estudada, indivíduos obesos ou com sobrepeso apresentam pequena representação.

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Publicado

2004-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Kochhann AR da S, Canali N, Serafim MAP. Comparação de picos de pressão em assento flexível em portadores de lesão medular e indivíduos normais: uma avaliação por interface de pressão. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2004 [citado 27º de abril de 2024];11(3):95-100. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102486