Retorno ao trabalho em amputados dos membros inferiores

Autores

  • Priscila Guarino Universidade Federal de São Paulo
  • Therezinha Rosane Chamlian Universidade Federal de São Paulo
  • Danilo Masiero Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v14i2a102798

Palavras-chave:

Extremidade Inferior, Amputação, Trabalho

Resumo

O retorno ao trabalho deve ser incentivado, pois proporciona bem estar, melhora da auto-estima e do convívio social, além de dar mais um sentido a vida. Objetivo: Verificar a situação atual de trabalho e o uso de próteses de membros inferiores em amputados atendidos no Lar Escola São Francisco - Centro de Reabilitação – UNIFESP, São Paulo. Métodos: Estudo retrospectivo dos pacientes atendidos de 1999 a 2005, com amputação de membros inferiores, com idade acima de 18 anos, que estivessem trabalhando ou estudando na época da amputação. A amostra foi composta por 78 amputados, 61 homens e 17 mulheres, com média de idade de 46,3 anos. Cinqüenta por cento eram transfemurais e 34,6% transtibiais. A vasculopatia foi a mais prevalente das causas de amputação (62,8%). Cinquenta e um pacientes (65,4%) tinham grau de instrução fundamental. Realizada entrevista, por telefone, no período de dezembro de 2006 e janeiro de 2007. Resultados: Sessenta e quatro por cento dos pacientes estavam em uso de prótese de membro inferior no momento da entrevista. A taxa de retorno ao trabalho foi de 10,2%, sendo todos para a mesma ocupação pré-amputação. Conclusão: Baixa taxa de retorno ao trabalho de amputados de membros inferiores reabilitados com próteses. Alguns fatores, tais como, idade avançada na época da amputação e baixo nível de instrução podem ser responsáveis por estes resultados. Outros estudos precisam ser realizados para melhor análise desta situação.

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Publicado

2007-06-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Guarino P, Chamlian TR, Masiero D. Retorno ao trabalho em amputados dos membros inferiores. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de junho de 2007 [citado 7º de maio de 2024];14(2):100-3. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102798