Prevalência de lombalgia em garimpeiros de Serra Pelada, Pará / Brasil

Autores

  • Marcelo El Khouri Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Carlos Eduardo Pereira Corbett Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Quirino Cordeiro Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina
  • Daniela Ota Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v15i2a102916

Palavras-chave:

Lombalgia, Prevalência, Brasil

Resumo

O presente estudo avalia a prevalência de lombalgia em população de garimpeiros de Serra Pelada, localizada no Estado do Pará – Brasil. Considerado como um dos maiores garimpos de ouro na década de 80, havendo em torno de 100.000 pessoas envolvidas na extração do ouro. Atualmente a população local é estimada em 6000 habitantes. Através de uma avaliação médica primária populacional feita em 2002 foi realizado um estudo de corte transversal retrospectivo com a análise de dados obtidos durante esse atendimento. Foram 1.169 atendimentos, 605 do sexo masculino (51,7%), idade média de 41,4 ± 21,2 anos. 47% responderam que trabalham ou trabalharam no garimpo, com tempo médio de 10,9 ± 9,7 anos. A prevalência de lombalgia foi de 13,7% em relação ao geral dos diagnósticos. Quando comparada ao grupo de garimpeiros, a prevalência encontrada foi de 18,2% contra 10,0% em relação ao grupo de não garimpeiros (p<0,000), porém não mantendo significância estatística após a regressão logística. Estudos mais detalhados seriam necessários para tentar estabelecer as possíveis relações com dor lombar nesta população, sendo que talvez o rastreamento de antigos garimpeiros pudesse investigar melhor uma possível relação direta laboral do garimpo com lombalgia.

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Publicado

2008-06-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
El Khouri M, Corbett CEP, Cordeiro Q, Ota D. Prevalência de lombalgia em garimpeiros de Serra Pelada, Pará / Brasil. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de junho de 2008 [citado 5º de maio de 2024];15(2):82-6. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102916