Prevalência de queixas urinárias e o impacto destas na qualidade de vida de mulheres integrantes de grupos de atividade física

Autores

  • Flávio Afonso Gonçalves Mourão
  • Luciana Napoleão Lopes Centro Universitário de Belo Horizonte
  • Natália de Paula Carneiro Vasconcellos Centro Universitário de Belo Horizonte
  • Maria Beatriz Alvarenga de Almeida Centro Universitário de Belo Horizonte

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v15i3a102944

Palavras-chave:

Incontinência Urinária, Mulheres, Qualidade de Vida

Resumo

A Sociedade Internacional de Continência define incontinência urinária como qualquer perda de urina relatada pelo paciente. É uma condição que afeta a população mundial, principalmente feminina, levando a diversas implicações. O objetivo deste estudo foi verificar a prevalência de queixas urinárias e o impacto destas na qualidade de vida das mulheres, integrantes de grupos de atividade física. Métodos: Participaram do estudo 50 mulheres, com idade a partir de 40 anos, participantes de grupos de atividade física conduzidos pela Fisioterapia em um Centro de Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. As voluntárias foram submetidas a uma anamnese uroginecológica, e aquelas que apresentaram queixas urinárias nos últimos meses responderam o questionário “King’s Health Questionnaire” para avaliação da qualidade de vida. Resultados: A prevalência de mulheres com queixas urinárias foi de 42%. Os sintomas mais predominantes foram: urgência (95,24%), freqüência (90,48%), incontinência de esforço (85,71%) e noctúria (80,95%). Quanto à intensidade, os sintomas de urge-incontinência (49%) e urgência (46%) apresentaram os maiores índices. De acordo com a análise dos domínios, o impacto da incontinência (53,96 ± 26,83) sobressalta-se quando comparado a outros resultados, seguido pelo domínio medidas de gravidade (43,78 ± 23,01). Conclusão: A população estudada apresentou elevada prevalência de queixas urinárias e o impacto da qualidade de vida encontrado não descarta a influência negativa do quadro patológico.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Abrams P, Cardozo L, Fall M, Griffiths D, Rosier P, Ulmsten U, et al. The standardisation of terminology of lower urinary tract function: report from the Standardisation Sub-committee of the International Continence Society. Am J Obstet Gynecol. 2002;187(1):116-26.

Felix IL. Avaliação da qualidade de vida de mulheres portadores de incontinência urinaria de esforço [dissertação]. Fortaleza: Universidade de Fortaleza; 2005.

Danforth KN, Townsend MK, Lifford K, Curhan GC, Resnick NM, Grodstein F. Risk factors for urinary incontinence among middle-aged women. Am J Obstet Gynecol. 2006;194(2):339-45.

Guarisi T, Pinto Neto AM, Osis MJ, Pedro AO, Paiva LH, Faúndes A. Urinary incontinence among climateric Brazilian women: household survey. Rev Saude Publica. 2001;35(5):428-35.

Lopes MHBM, Higa R. Restrições causadas pela incontinência urinaria a vida da mulher. Rev Esc Enferm USP. 2006;40(1):34-41.

Fonseca ESM, Camargo ALM, Castro RA, Sartori MGF, Fonseca MCM, Lima GR, et al. Validação do questionário de qualidade de vida ("King's Health Questionnaire") em mulheres brasileiras com incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;27(5):235-42.

Tamanini JTN, D'ancona CAL, Botega NJ, Netto Jr NR. Validação do "King's Health Questionnaire" para o português em mulheres com incontinência urinária. Rev Saúde Publica. 2003;37(2):203-11.

Tamanini JTN, Dambros M, D'ancona CAL, Palma PCR, Netto Jr NR. Validação para o português do "International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form" (ICIQ-SF). Rev Saúde Pública. 2004;38(3):438-44.

Fleck MPA, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado deavaliação da qualidade de vida "WHOQOL-bref". Rev Saúde Pública. 2000;34(2):178-83.

Assumpção Jr, Kuczynski E, Sprovieri MH, Aranha EMG. Escala de avaliação de qualidade de vida (AUQUEI - Auto questionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé): Validade e confiabilidade de uma escala para qualidade de vida em crianças de 4 a 12 anos. Arq Neuropsiquiatr. 2000;58(1):119-27.

Swithinbank LV, Abrams P. The impact of urinary incontinence on the quality of life of women. World J Urol. 1999;17(4):225-29.

Brasil. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

Brasil. Plano nacional de políticas para mulheres. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

Brasil. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. Brasília: Ministério da Saúde; 2004. [Cadernos de Atenção Básica, 13].

Tamanini JT, Tamanini MMM, Mauad LMQ, Auler AMBAP. Incontinência urinária: prevalência e fatores de risco em mulheres atendidas no Programa de Prevenção do Câncer Ginecológico. BEPA. 2006;3(34):17-24.

Baracho E. Fisioterapia aplicada à obstetrícia. 3 ed. Rio de Janeiro: Medsi; 2002.

Reis RB, Cologna AJ, Martins ACP, Paschoalin EL, Yucci Jr S, Suaid HJ. Incontinência urinária no idoso. Acta Cir Bras. 2003;18(Supl 5).

Marinho AR, Leal BB, Flister JS, Oliveira Bernardes N, Rett MT. Incontinência urinária feminina e fatores de risco. Fisioter Brasil. 2006;7(4):301-06.

Mendonça M, Reis RV, Macedo CBMS, Barbosa KSR. Prevalência da queixa de incontinência urinária de esforço em pacientes atendidas no serviço de ginecologia do Hospital Júlia Kubitschek. J Bras Ginecol.1997;107(5):153-5.

Chiarelli P, Brown W, McElduf FP. Leaking urine: prevalence and associated factors in Australian women. Neurourol Urodyn. 1999;18(6):567-77.

Sartori JP, Kawakami FT, Sartori MGF, Girão MJBC, Baracat EC, Lima GR. Distúrbios urinários no climatério: avaliação clínica e urodinâmica. Rev Bras Ginecol Obstet. 1999;21(2):77-81.

Moreno Al. Fisioterapia em uroginecologia. São Paulo: Manole; 2004.

Rubinstein I. Controle sua bexiga. São Paulo: Prestígio Editorial; 2004.

Guarisi T, Pinto-Neto AM, Osis MJ, Pedro AO, Costa-Paiva L HS, Faundes A. Procura de serviço médico por mulheres com incontinência urinária. Rev Bras Ginecol Obstet. 2001;23(7):439-43.

Brasil. Obesidade. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. [Cadernos de Atenção Básica, 12].

Ortiz OC. Stress Urinary incontinence in the gynecologic pratice. Int J Gyncol Obstet. 2004;86(Suppl 1):S6-S16.

Kocak I, Okyay P, Dundar M, Erol H, Beser E. Female urinary incontinence in the west of Turkey: prevalence, risk factors and impact on quality of life. Eur Urol. 2005;48(4):634-41

Del Priore G, Taylor SY, Esdaile BA, Masch R, Martas Y, Wirth J. Urinary incontinence in gynecological oncology patients. Int J Gynecol Cancer. 2005;15(5):911-4.

Hägglund D, Walker-Engström ML, Larsson G, Leppert J.Reasons why women with long-term urinary incontinence do not seek professional help: a cross-sectional population-based cohort study. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2003;14(5):296-304.

Publicado

2008-09-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Mourão FAG, Lopes LN, Vasconcellos N de PC, Almeida MBA de. Prevalência de queixas urinárias e o impacto destas na qualidade de vida de mulheres integrantes de grupos de atividade física. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de setembro de 2008 [citado 6º de maio de 2024];15(3):170-5. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102944