Identificação das formas de comunicação em portadores de surdocegueira para planejamento da intervenção terapêutica

Autores

  • Emerson Fachin Martins Universidade de Brasília. Faculdade de Ceilândia
  • Nadia Ivanov Universidade Municipal de São Caetano do Sul

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v16i1a103032

Palavras-chave:

Barreiras de Comunicação, Surdez, Cegueira, Terapêutica

Resumo

Alterações auditivas e visuais são capazes de afetar o desenvolvimento motor e cognitivo de crianças e comprometer a aquisição de habilidades funcionais no adulto. A deficiência sensorial pode alterar a qualidade de percepção apresentada ao cérebro e influenciar a aprendizagem. Desta forma, a adaptação sensorial é condição necessária para o fornecimento de informações que possam favorecer o desenvolvimento de sujeitos com surdocegueira. O presente estudo verificou as formas de comunicação apresentadas por crianças e adultos surdocegos visando identificar estratégias para o planejamento da intervenção terapêutica. Para isso, foram entrevistadas 19 famílias que possuíam um dos membros sendo portador de surdocegueira. Os sujeitos foram divididos em dois grupos etários que foram considerados como crianças (até 17 anos) ou adultos (acima de 17 anos). Os resultados não apontaram predominância de qualquer forma de comunicação expressiva nos dois grupos etários. Entretanto, para a comunicação receptiva, LIBRAS foi, significativamente, mais usada que as demais formas de comunicação receptiva pelos adultos. Conclui-se que profissionais que prestam atendimento a sujeitos com surdocegueira devem capacitar-se a diferentes modalidades de comunicação e habilitar-se a comunicação por LIBRAS para interagir com sujeitos surdocegos e planejar adequadamente sua intervenção terapêutica.

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Publicado

2009-03-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Martins EF, Ivanov N. Identificação das formas de comunicação em portadores de surdocegueira para planejamento da intervenção terapêutica. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de março de 2009 [citado 26º de abril de 2024];16(1):10-3. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103032