Biofeedback eletromiográfico e parâmetros da dinamometria isocinética de joelho e tornozelo de jogadores de futebol amador

Autores

  • Carina Elias Baron Centro de Reabilitação Dr. Bernard Brucker, Centro Universitário Sant’Anna - UniSant’Anna
  • Leonardo Luiz Barretti Secchi Laboratório de Estudo do Movimento do Instituto de Ortopedia e Traumatologia - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Júlia Maria D´Andréa Greve Laboratório de Estudo do Movimento do Instituto de Ortopedia e Traumatologia - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
  • Vasthi Oliveira de Lima Centro de Reabilitação Dr. Bernard Brucker, Centro Universitário Sant’Anna - UniSant’Anna
  • Viviane Ribeiro Carvalho Centro de Reabilitação Dr. Bernard Brucker, Centro Universitário Sant’Anna - UniSant’Anna

Palavras-chave:

Atletas, Eletromiografia, Amplitude de Movimento Articular, Joelho

Resumo

A eletromiografia tem sido utilizada para avaliar o con- trole voluntário da atividade muscular. Dentre as técnicas destaca-se o biofeedback eletromiográfico como facilitador do aprendizado neuromotor, inclusive na prática esportiva. Objetivo: Analisar o efeito do biofeedback eletromiográfico nos parâmetros isocinéticos dos fle- xores e extensores do joelho e inversores e eversores do tornozelo em jogadores de futebol amador. Casuística: 14 atletas de futebol amador do gênero masculino randomizados em dois grupos: Gru- po Treino (GT) - sete atletas, idade de 23 ± 2 (22 e 28) anos, massa corpórea 75,7 ± 4,0(72 e 80) kg , estatura 182 ± 4 (176 e 188) cm e Grupo Controle (GC) - sete atletas com idade 24 ± 2 (21 e 28) anos, massa corpórea 72,3± 9,4 (59 e 79) kg, estatura 175± 5 (169 e 180) cm. Método: Todos os atletas foram avaliados por um protocolo clínico: anamnese, incidência de lesões e escala visual análoga de dor e foram submetidos à dinamometria isocinética dos inversores e eversores do tornozelo e flexores e extensores do joelho. O GT realizou 12 sessões de biofeedback eletromiográfico, uma vez por semana. No final das sessões, todos os atletas foram reavaliados. Resultados: Na velocidade de 30º/ seg., o pico de torque 0,18 segundos (PT 0,18s) dos eversores do tornozelo foi maior no GT e no joelho, na velocidade de 60º/seg. o PT 0,18s dos flexores de joelho foram maiores no GT. Conclusão: O biofeedback eletromiográfico melhorou os parâmetros isocinéticos dos jogadores de futebol amador.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Basmajian JV. Introduction: principles and background. In: Basmajian JV. biofeedback: principles and practice for clinicians. Baltimore: Williams & Wilkins; 1989.

Low J, Reed A. biofeedback. In: Low J. Ree, A. Eletroterapia explicada: princípios e prática. 3ª ed. São Paulo: Manole; 2001. p.171-172.

Huang H, Wolf SL, Jiping H. Recent Developments in biofeedback for neuromotor rehabilitation. Journal of neuro engineering and rehabilitation. Bio Med Central. 2006;3(11):1-7.

Basmajian JV, De Luca CJ. EMG Signal amplitude and force. In: Basmajian JV. Muscle alive. Baltimore: Williams & Wilkins; 1985. p.187-200.

Krebs DE. biofeedback. In: O'Sullivan, SB, Schmitz Jr T. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4ª ed. São Paulo: Manole; 2004. p.719-737.

Wolf SL. From tibialis anterior to Tai Chi: biofeedback and beyond. Appl Psychophysiol biofeedback. 2001;26(2):155-74.

Cruz CF. biofeedback e exterocepção no controle do movimento humano voluntário. Rev Digital - Buenos Aires [periódico na Internet]. 2005. [citado 2008 jun 10];10(88).[cerca de 6 p.]. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd88/mov.htm

Liebermann DG, Katz L, Hughes MD, Bartlett RM, McClements J, Franks IM. Advances in the application of information technology to sport performance. J Sports Sci. 2002;20(10):755-69.

Goulart LF, Dias RMR, Altimari LR. Variação do equilíbrio muscular durante uma temporada em jogadores de futebol categoria sub-20. Rev Bras Med Esporte. 2008;17(1):17-21.

Place N, Matkowski B, Martin A, Lepers R. Synergists activation pattern of the quadriceps muscle differs when performing sustained isometric contractions with different EMG biofeedback. Exp Brain Res. 2006;174(4):595-603.

Daniels L, Worthingham C. Muscle testing: techniques of manual examination. 5ª ed. Philadelphia: Saunders; 1986.

Hermens HJ, Hägg G, Freriks B. European Applications of Surface Electromyography [text on the Internet]; 1997. Stockholm [cited 2009 Agu 19]. Available from: www.seniam.org

Assis MMV, Gomes MI, Carvalho EMS. Avaliação isocinética de quadríceps e ísquios-tibiais nos atletas de Jiu-Jitsu. Rev Bras em Promoção da Saúde. 2005;6(2):85-9.

Hampson DB, Gibson ASC, Lambert MI, Noakes TD. The influence of sensory cues on the perception of exertion during exercise and central regulation of exercise performance. Sports Med. 2001;31(13):935-52.

Battistella LR, Shinzinato GT. Avaliação do desempenho músculo-esquelético. In: Lianza, S. Medicina de Reabilitação. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p.37-41.

Andrade MS, Fleury AM, Silva AC. Força muscular isocinética de jogadores de futebol da seleção para-olímpica brasileira de portadores de paralisia cerebral. Rev Bras Med Esporte. 2005;11(5):281-85.

Aiken AB, Pelland L, Brison R, Picket W, Brouwer B. Short-Term natural recovery of ankle aprains following discharge from emergency Departments. J Orthop Sports Phys Ther. 2008;38(9):566-71.

Place N, Martin A, Ballay Y, Lepers R. Neuromuscular fatigue differs with biofeedback type when performinga submaximal contraction. J Electromyogr Kinesiol. 2007;3(17):253-63.

Bar-Eli M, Blumenstein B. Performance enhancement in swimming: the effect of mental training with biofeedback. J Sci Med Sport. 2004;7(4):454-64.

Alonso AC, Greve JMD, Macedo OG, Pereira CAM, Souza PCM. Avaliação isocinética dos inversores e eversores de tornozelo: estudo comparativo entre atletas de futebol e sedentários normais. Rev Bras Fisioter. 2003;7(3):195-99.

Kapandji AI. Fisiologia articular: membros inferiores. 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001.

Tani G, Meira Jr CM, Gomes FRF. Freqüência, precisão e localização temporal de conhecimento de resultados e o processo adaptativo na aquisição de uma habilidade motora de controle da força manual. Rev Por Cien Desp. 2005;5(1):59-68.

Fortes CRN, Carazzato JG. Estudo epidemiológico da entorse de tornozelo em atletas de voleibol de alto rendimento. Acta Ortop Bras. 2008;16(3)142-47.

Place N, Matkiwski B, Martin A, Lepers R. Synergists activation pattern of the quadriceps muscle differs when performing sustained isometric contractions with different EMG biofeedback. Exp Brain Res. 2006;174(4):595-603.

Durand RJ, Castracane VD, Hollander DB, Tryniecki JL, Bamman MM, O>Neal S, et al. Hormonal responses from concentric and eccentric muscle contractions. Med Sci Sports Exerc. 2003;35(6):937-43.

Jull GA, Janda V. Muscle and motor control in low back pain. In: Twomey LT, Taylor JR, eds. Physical therapy of the low back: clinics in physical therapy. New York: Churchill Livingstone; 1987. p. 253-78.

Houtman CJ, Stegeman DF, Van Dijk JP, Zwarts MJ. Changes in muscle fiber conduction velocity indicate recruitment of distinct motor unit populations. J Appl Physiol. 2003;95(3):1045-54.

Hortobágyl T, Garry J, Holbert D, Devita P. Aberrations in the control of quadriceps muscle force in patients with knee osteoarthritis. Arthritis Rheum. 2004;51(4):562-69.

Iwadate M, Mori A, Ashizuka T, Takayose M, Ozawa T. Long-Term physical exercise and somatosensory event-related potentials. Exp Brain Res. 2005;160(4):528-32.

Cohen M, Abdalla R. Lesões nos esportes. Rio de Janeiro: Revinter; 2002.

Downloads

Publicado

2010-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Baron CE, Secchi LLB, Greve JMD, Lima VO de, Carvalho VR. Biofeedback eletromiográfico e parâmetros da dinamometria isocinética de joelho e tornozelo de jogadores de futebol amador. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2010 [citado 4º de maio de 2024];17(4):159-63. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103383