Imagem corporal em pessoas com esclerose múltipla ativas e sedentárias

Autores

  • Maria da Consolação Gomes Cunha Fernandes Tavares Tavares Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
  • Angela Nogueira Neves Betanho Campana Hospital Infantil Boldrini

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20120006

Palavras-chave:

Dor, Esclerose Múltipla, Imagem Corporal

Resumo

Objetivo: Desta pesquisa foi verificar aspectos perceptivos e atitudinais da imagem corporal pessoas com Esclerose Múltipla e as diferenças destas variáveis entre praticantes e não praticantes de atividade física. Método: Esta foi uma pesquisa descritiva e exploratória, de corte transversal. A amostra foi composta por 26 voluntários, com Expanded Disability Status Scale (EDSS) até 6. Os instrumentos utilizados foram: o Software de Avaliação Perceptiva (SAP), o Adaptive Probit Estimation, Escala de Apreciação do Próprio Corpo, Escala de Sintomas e um questionário demográfico. Os dados nominais foram submetidos a uma análise descritiva e os intervalares à análises inferenciais. Resultados: Principais indicam acurácia na percepção do corpo, com alta sensibilidade a mudanças corporais, sendo os praticantes de atividade física os mais sensíveis. Ainda, que 73% estão insatisfeitos com sua aparência e que o tipo de dor em formigamento é a queixa mais frequente. Não houve uma associação entre insatisfação com partes do corpo e áreas dolorosas, e os motivos para a insatisfação aglutinam-se em razões estéticas. Conclusão: A prática regular de atividade física parece contribuir para aumentar a percepção corporal, mas não a satisfação com o corpo. A dor estabeleceu-se como um fato real, porém independente da aparência física, indicando aos profissionais de saúde que trabalham com estas pessoas que a aparência e a função do corpo são elementos distintos da identidade corporal, e tanto um quanto o outro provoca impacto na relação do sujeito com seu corpo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Lublin FD, Reingold SC. Defining the clinical course of multiple sclerosis: results of an international survey. National Multiple Sclerosis Society (USA) Advisory Committee on Clinical Trials of New Agents in Multiple Sclerosis. Neurology. 1996;46(4):907-11.

Hoogervorst EL, van Winsen LM, Eikelenboom MJ, Kalkers NF, Uitdehaag BM, Polman CH. Comparisons of patient self-report, neurologic examination, and functional impairment in MS. Neurology. 2001;56(7):934-7.

O'Connor P, Canadian Multiple Sclerosis Working Group. Key issues in the diagnosis and treatment of multiple sclerosis. An overview. Neurology. 2002;59(6 Suppl 3):S1-33

Furtado OPC, Tavares MCGCF. Esclerose multipla e exercício físico. Acta Fisiatr. 2005;12(3):100-6. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v12i3a102532

Dolto F. A Imagem inconsciente do corpo. São Paulo: Perspectiva; 2004.

Schilder P. A Imagem do corpo: as energias construtivas da psiquê. São Paulo: Martins Fontes; 1980.

Tavares MCGCF. Imagem corporal: conceito e desenvolvimento. Bareuri: Manole; 2003.

Cash TF. The body image workbook: an 8-step program for learning to like your looks. New York: Guilford; 2000.

Krueger DW. Developmental and psychodynamic perspectives on body image change. In: Cash TF, Pruzinsky T. Body image: development, deviance and change. New York: Guilford; 1990. p. 255-71.

Tavares MCGCF. Imagem corporal e qualidade de vida. In: Gonçalves A, Vilarta R. Qualidade de vida e atividade física: explorando teorias e práticas. Barueri: Manole; 2004. p.79-102.

Campana MBC, Tavares MCGCF, Campana ANNB, Tavares Filho RF, Silva, D, Simon F. Characteristics and psychometric properties of "software for perceptual assessment. In: Halliwell E, Byrin-Daniel J, Dittmar H, Frith H, Harcourt D, Tischner I. Abstract book. Appearance Matters 4. Bristol: University of West England; 2010. p.33.

Gardner RM, Boice R. A computer program for measuring body size distortion and body dissatisfaction. Behav Res Methods Instrum Comput. 2004;36(1):89-95.

Penna L. Corpo sofrido e mal amado. São Paulo: Summus; 1990.

Gardner RM, Bokenkamp ED. The role of sensory and nonsensory factors in body size estimations of eating disorder subjects. J Clin Psychol. 1996;52(1):3-15.

Gardner RM, Friedman BN, Jackson NA. Body size estimations, body dissatisfaction, and ideal size preferences in children six through thirteen. J Youth Adolesc. 1999:28(5):603-18.

Schwartz MB, Bownell KD. Obesity and body image. In: Cash T, Pruzinsky T. Body image: a handbook of theory, research & clinical practice. New York: Guilford; 2004. p. 200-9.

Striegel-Moore RH, Franko DL. Body image issues among girls and women. In: Cash T, Pruzinsky T. Body image: a handbook of theory, research & clinical practice. New York: Guilford; 2004. p.183-91.

Cohn LD, Adler NE. Female and male perceptions of ideal body shapes: distorted views among caucasian college students. Psychol Women Q. 1992;16(1):69-79.

Grogan S. Body image: understanding body dissatisfaction in men, women and children. New York: Routledge; 1999.

Leit RA, Pope HG Jr, Gray JJ. Cultural expectations of muscularity in men: the evolution of playgirl centerfolds. Int J Eat Disord. 2001;29(1):90-3.

Raudenbush B, Zellner, DA. Nobody's satisfied: effects of abnormal eating behaviors and actual and perceived weight status on body image satisfaction in males and females. J Soc Clin Psychol. 1997;16(1):95-110.

Ridgeway RT, Tylka TL. College men's perceptions of the ideal body composition and shape. Psychol Men Masc. 2005;6:209-20.

Silberstein LR, Striegel-Moore RH, Timko C, Rodin J. Behavioral and psychological implications of body dissatisfaction: do men and women differ? Sex Roles. 1988;19(3):219-32.

Franzoi SL, Shields SA. The Body Esteem Scale: multidimensional structure and sex differences in a college population. J Pers Assess. 1984;48(2):173-8.

Publicado

2012-03-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Tavares M da CGCFT, Campana ANNB. Imagem corporal em pessoas com esclerose múltipla ativas e sedentárias. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de março de 2012 [citado 1º de maio de 2024];19(1):26-31. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/103677