Efeitos das estratégias de prática mental associadas à fisioterapia sobre a marcha e risco de quedas na doença de Parkinson: estudo experimental

Autores

  • Liliane Pereira da Silva Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Taís Arcanjo Maropo da Silva Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Kássia Maria Clemente da Silva Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Suzana Pereira dos Santos Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Douglas Monteiro da Silva Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Carla Cabral dos Santos Accioly Lins Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
  • Otávio Gomes Lins Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v28i4a180627

Palavras-chave:

Doença de Parkinson, Acidentes por Quedas, Marcha, Imaginação

Resumo

Objetivo: Comparar os efeitos das estratégias de prática mental (PM) associadas à fisioterapia sobre a marcha e o risco de quedas em pessoas com doença de Parkinson (DP). Método: Incluímos 35 pessoas de ambos os sexos com DP idiopática leve a moderada alocadas em quatro grupos; 1- Grupo controle (GC), 2- Grupo de prática mental guiada por imagem (GPMI), 3- Grupo de prática mental guiada por áudio (GPMA) e 4- Grupo de prática mental sem guia (GPMSG). Os sujeitos dos grupos experimentais realizaram 15 sessões de fisioterapia motora e prática mental, enquanto o GC recebeu apenas fisioterapia. As sessões eram realizadas duas vezes por semana, sendo 40 minutos para fisioterapia motora e 1 minutos para o protocol de  Prática Mental correspondente. Para avaliar os parâmetros espaço-temporais da marcha, foi utilizado o Teste de Caminhada de 10 metros e para avaliar o risco de quedas foi utilizado o Timed Up and Go (TUG). Resultados: O grupo GMPI apresentou resultados significativos para o tempo (p= 0,027) e velocidade da marcha (p= 0,025) quando comparados aos resultados do GC. A cadência e o risco de quedas não apresentaram resultados signifcaticos. Os grupos GPMSG e GPMA não apresentaram resultados estatisticamente significantes para TC10m e TUG quando comparados ao GC. Conclusão: Os resultados deste estudo sugerem que o treinamento da prática mental orientada por imagem associado à fisioterapia motora é mais eficaz para aumentar a velocidade da marcha do que outras estratégias de PM.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Santos PCR, Morais LC, Simieli L, Ellen LS, Vitório R, Ferreira MDTOF, et al. Comparação do equilíbrio e da mobilidade funcional entre pacientes com doença de Parkinson ativos e inativos. Rev Bras Ativ Fís Saúde. 2016; 21(6):534-41. Doi: https://doi.org/10.12820/rbafs.v.21n6p534-541

Coriolano MGWS, Silva NRG, Fraga AS, Balbino JMS, Oliveira APS, Silva BRV, et al. Análise do risco de queda em pessoas com doença de Parkinson. Fisioter Brasil. 2016;17 (1):17-22. Doi: https://doi.org/10.33233/fb.v17i1.17

Silva DM, Coriolano MGWS, Macêdo JGF, Silva LP, Lins OG. Protocolos de prática mental utilizados na reabilitação motora de sujeitos com doença de Parkinson: revisão sistemática da literatura. Acta Fisiatr. 2016;23(3):155-60. Doi: https://doi.org/10.5935/0104-7795.20160030

Mulder T. Motor imagery and action observation: cognitive tools for rehabilitation. J Neural Transm (Vienna). 2007;114(10):1265-78. Doi: https://doi.org/10.1007/s00702-007-0763-z

Silva TAM, Silva LP, Faccio PF, Silva KMC, Arruda ARV, Silva LN, et al. Análise dos parâmetros espaço-temporais da marcha em indivíduos com disfunçãoneurológica tratados com prática mental: umarevisão sistemática. Acta Fisiatr. 2018;25(2):86-93. Doi: https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v25i2a162567

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 10, de 31 de outubro de 2017. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença de Parkinson. Diario Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília (DF); 2017 Nov 9, Seção 1:60.

Hoehn MM, Yahr MD. Parkinsonism: onset, progression and mortality. Neurology. 1967;17(5):427-42. Doi: https://doi.org/10.1212/wnl.17.5.427

Vitiello APP, Ciríaco JGM, Takahashi DY, Nitrini R, Caramelli P. Avaliação cognitiva breve de pacientes atendidos em ambulatórios de neurologia geral. Arq Neuro-Psiquiatr. 2007;65(2A):299-303. Doi: https://doi.org/10.1590/S0004-282X2007000200021

Brucki SM, Nitrini R, Caramelli P, Bertolucci PH, Okamoto IH. Sugestões para o uso do mini-exame do estado mental no Brasil. Arq Neuropsiquiatr. 2003;61(3B):777-81. Doi: https://doi.org/10.1590/s0004-282x2003000500014

Martins NIM, Caldas PR, Cabral ED, Lins CCSA, Coriolano MGWS. Instrumentos de avaliação cognitiva utilizados nos últimos cinco anos em idosos brasileiros. Ciênc Saúde Coletiva. 2019;24(7):2513-30. Doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232018247.20862017

Beck AT, Ward CH, Mendelson M, mock J, Erbaugh J. An inventory for measuring depression. Arch Gen Psychiatry. 1961;4:561-71. Doi: https://doi.org/10.1001/archpsyc.1961.01710120031004

Malouin F, Richards CL, Jackson PL, Lafleur MF, Durand A, Doyon J. The Kinesthetic and Visual Imagery Questionnaire (KVIQ) for assessing motor imagery in persons with physical disabilities: a reliability and construct validity study. J Neurol Phys Ther. 2007;31(1):20-9. Doi: https://doi.org/10.1097/01.npt.0000260567.24122.64

Lang JT, Kassan TO, Devaney LL, Colon-Semenza C, Joseph MF. Test-Retest Reliability and Minimal Detectable Change for the 10-Meter Walk Test in Older Adults With Parkinson's disease. J Geriatr Phys Ther. 2016;39(4):165-70. Doi: https://doi.org/10.1519/JPT.0000000000000068

Podsiadlo D, Richardson S. The timed "Up & Go": a test of basic functional mobility for frail elderly persons. J Am Geriatr Soc. 1991;39(2):142-8. Doi: https://doi.org/10.1111/j.1532-5415.1991.tb01616.x

Souza CC, Valmorbida LA, Oliveira JP, Borsatto AC, Marta Lorenzini, Knorst MR, et al. Functional mobility in institutionalized and non-institutionalized elderly. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2013;16(2):285-93. Doi: https://doi.org/10.1590/S1809-98232013000200008

Guimarães LHCT, Galdino DCA, Martins FLM, Vitorino DFM, Pereira KL, Carvalho EM. Comparison of the propensity of falls among elderly people who practice physical activity and sedentary elderly. Rev Neurociências. 2004;12(2):68-72.

Keus SHJ, Hendriks HJM, Bloem BR, Bredero-Cohen AB, Goede CJT, Van Haaren M, et al. Clinical practice guidelines for physical therapy in patients with Parkinson’s disease. Dutch J Physioterapy. 2004;114(3):1-92.

Braun S, Beurskens A, Kleynen M, Schols J, Wade D. Rehabilitation with mental practice has similar effects on mobility as rehabilitation with relaxation in people with Parkinson's disease: a multicentre randomised trial. J Physiother. 2011;57(1):27-34. Doi: https://doi.org/10.1016/S1836-9553(11)70004-2

Riccio I, Iolascon G, Barillari MR, Gimigliano R, Gimigliano F. Mental practice is effective in upper limb recovery after stroke: a randomized single-blind cross-over study. Eur J Phys Rehabil Med. 2010;46(1):19-25.

El-Wishy AA, Fayez ES. Effect of locomotor imagery training added to physical therapy program on gait performance in Parkinson patients: a randomized Controlled Study. Egypt J Neurol Psychiat Neurosurg. 2013;50(1)31-7.

Montori VM, Guyatt GH. Intention-to-treat principle. CMAJ. 2001;165(10):1339-41.

Gupta SK. Intention-to-treat concept: A review. Perspect Clin Res. 2011;2(3):109-12. doi: https://doi.org/10.4103/2229-3485.83221

Monteiro EP, Wild LB, Martinez FG, Peyré‐Tartaruga LA. Aspectos biomecânicos da locomoção de pessoas com doença de Parkinson: revisão narrativa. Rev Bras Ciênc Esporte. 2017;39(4):450-7. Doi: https://doi.org/10.1016/j.rbce.2016.07.003

Pires S, Festas MJ, Soares T, Amorim H, Santoalha J, Henriques A, et al. Pistas auditivas musicais na fisioterapia em grupo de doentes com Parkinson. Arq Med. 2014;28(6):162-6.

Faria CDCM, Teixeira-Salmela LF, Araújo PA, Polese JC, Nascimento LR, Nadeau S. TUG-ABS Português-Brasil: instrumento para avaliação clínica da mobilidade de hemiparéticos pós-AVC. Rev Neurocienc. 2015;23(3):357-67. Doi: https://doi.org/10.34024/rnc.2015.v23.8005

Pompeu JE, Arduini LA, Botelho AR, Fonseca MB, Pompeu SM, Torriani-Pasin C, et al. Feasibility, safety and outcomes of playing Kinect Adventures!™ for people with Parkinson's disease: a pilot study. Physiotherapy. 2014;100(2):162-8. Doi: https://doi.org/10.1016/j.physio.2013.10.003

Monteiro D, Silva LPD, Sá POD, Oliveira ALRD, Coriolano MDGWD, Lins OG. Prática mental após fisioterapia mantém mobilidade funcional de pessoas com doença de Parkinson. Fisioter Pesq. 2018;25(1):65-73. Doi: https://doi.org/10.1590/1809-2950/17192425012018

Silva LP, Duarte MPS, Souza CCB, Lins CCSA, Coriolano MGWS, Lins OG. Efeitos da prática mental associada à fisioterapia motora sobre a marcha e o risco de quedas na doença de Parkinson: estudo piloto. Fisioter Pesq. 2019;26(2):112-9. Doi: https://doi.org/10.1590/1809-2950/17012926022019

Abbott JH. The distinction between randomized clinical trials (RCTs) and preliminary feasibility and pilot studies: what they are and are not. J Orthop Sports Phys Ther. 2014;44(8):555-8. Doi: https://doi.org/10.2519/jospt.2014.0110

Downloads

Publicado

2021-12-31

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Silva LP da, Silva TAM da, Silva KMC da, Santos SP dos, Silva DM da, Lins CC dos SA, et al. Efeitos das estratégias de prática mental associadas à fisioterapia sobre a marcha e risco de quedas na doença de Parkinson: estudo experimental. Acta Fisiátr. [Internet]. 31º de dezembro de 2021 [citado 29º de maio de 2024];28(4):268-73. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/180627