Folkers, bardos e barbados: memória, utopia e política no medievalismo brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v25i2p58-69Palavras-chave:
Memória, Medievalismo, Utopia, Política, JuventudeResumo
Este artigo é parte de uma ampla pesquisa sobre o medievalismo brasileiro praticado por grupos jovens que se reúnem presencialmente para combates, piqueniques, festas e feiras, cuja inspiração é o período medieval. O objetivo deste trabalho é demonstrar como a memória produzida nestes grupos revela dimensões utópicas e políticas geradas das urgências do tempo presente. A metodologia se vale de pesquisa etnográfica (flânerie), por meio de pesquisa de campo em eventos realizados por estes grupos, especialmente na cidade de São Paulo, e bibliográfica a partir dos estudos da semiótica da cultura e da mídia, das teorias sociais e da memória, assim como do estudo das teatralidades juvenis.
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